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Nacional
Quarta - 07 de Agosto de 2013 às 09:49

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O bebê que foi sequestrado na Zona Oeste do Rio, na segunda-feira (5), passou por exame de DNA. O objetivo é confirmar a paternidade da criança. A polícia aguarda o resultado do exame para dar prosseguimento a investigação. O delegado-adjunto da Divisão de Homicídios, Fábio Cardoso, está convicto de que Michele Vieira Melo, de 24 anos, que assumiu ter sequestrado a bebê Jenifer, filha de Diana Oliveira da Silva, também matou a mãe da criança.

Nesta terça (6), o roubo da menina foi confirmado por Michele, mas ela negou o outro crime. "Quem matou a Diana foi a Michele. Temos um cadáver, imagens que mostram a Michele no local do crime e ouvimos testemunhas. Nada que pudesse comprovar um tráfico de crianças ou de órgãos foi encontrado", disse ele.

Michele chegou a se passar pela mãe da recém-nascida quando abordada por agentes da PM, na tarde desta terça. No Hospital Rocha Faria, para onde a criança e a falsa mãe foram levadas, ela admitiu o sequestro. O bebê passa bem.

O enterro de Diana Oliveira da Silva está marcado para às 13h desta quarta-feira (7) no Cemitério de Curicica, na Zona Oeste. A bebê Jenifer está sob custódia do Conselho Tutelar até sair o resultado do exame de DNA.

O sequestro e o assassinato ocorreram no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, na segunda-feira (5), um dia antes da confissão. Michele foi encontrada em Campo Grande por policiais da 40º BPM (Campo Grande) e reconhecida com a ajuda de imagens. Ela será indiciada por homicídio. Levada para a 35ª DP (Campo Grande), foi realizado o flagrante e a prisão. Na casa de Michele, foram encontrados objetos pessoais da mãe do bebê.

Pai de Jenifer reconhece pertences da filha (Foto: Isabela Marinho/G1)


Pai de Jenifer reconhece pertences da filha
(Foto: Isabela Marinho/G1)

Francisco de Assis, pai de Jenifer, reconheceu os pertences da esposa e disse estar aliviado por ter reencontrado a filha. "O dia dos pais não vai ser completo sem a minha mulher, mas pelo menos encontraram minha filha. Eu quero abraçar muito ela, dar muito carinho. Agora eu vou ser pai e mãe", disse Francisco de Assis.

De acordo com o advogado, os indícios iniciais da investigação dão conta de que Michele queria engravidar. "Elementos podem indicar que ela tenha o desejo de ter uma criança e, com este afã, viu uma mulher com a fisionomia dela e a criança jovenzinha...", sugeriu.

O sequestro aconteceu na segunda-feira (5), no Recreio dos Bandeirantes, também na Zona Oeste. No mesmo dia, a mãe do bebê, Diana Oliveira da Silva, de 33 anos, foi encontrada morta, asfixiada em um matagal perto do posto de saúde onde houve o sequestro.

Bebê foi sequestrado da porta de posto de saúde no Rio (Foto: Isabela Marinho /G1 / Reprodução)


Bebê foi sequestrado da porta de posto de saúde no Rio (Foto: Isabela Marinho /G1 / Reprodução)

 

Depoimentos
O depoimento de uma vizinha pode dar um novo rumo às investigações. Carla Bispo de Oliveira disse ter visto Diana saindo com a criança do posto de saúde em direção à Avenida das Américas, para embarcar no ônibus. Minutos depois, a testemunha encontrou a vítima, caminhando no sentido contrário, em direção à comunidade do Terreirão, com uma mulher negra, de aparentemente 40 anos.

A descrição sobre a criminosa está de acordo com as imagens gravadas pelo circuito de segurança de uma estação do BRT, na tarde de segunda-feira. Para a polícia, a mulher que aparece nas imagens é a principal suspeita de levar o bebê.

A gravação mostra o ponto em que ela embarca, no Recreio Shopping, e alguns minutos adiante, desembarca na estação Notre Dame.

Testemunhas contaram ainda que a mulher procurava um ônibus para Santa Cruz. A mãe da menina foi encontrada morta num matagal, com sinais de estrangulamento a pouco mais de cem metros do posto de saúde.

A família da vítima mora na comunidade Novo Lar, no Recreio dos Bandeirantes. O clima entre os moradores é de inconformismo e comoção.





Fonte: Do G1

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