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Nacional
Quinta - 29 de Agosto de 2013 às 05:04

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O corpo da adolescente Tayná Adriane da Silva, morta em junho deste ano em Colombo, na região metropolitana de Curitiba (PR), foi exumado nesta quarta-feira depois da Justiça aceitar a solicitação feita pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Apesar do estado de putrefação do corpo, os legistas escolhidos conseguiram fazer os exames necessários. Dois profissionais foram selecionados aleatoriamente e realizaram os trabalhos de perícia na tarde de hoje, acompanhados por dois promotores que acompanham o caso. A defesa da família também havia solicitado a exumação do corpo, mas a Justiça não aceitou este pedido específico.

Os resultados dos novos exames não serão divulgados porque o caso está sob sigilo. O MP-PR ainda divulgou que já renovou a partir de hoje o prazo de mais 30 dias para a continuidade das investigações, o que foi solicitado pelos delegados responsáveis pelo caso. O MP-PR se mostrou favorável porque há diligências e resultados de exames pendentes.

Tayná foi morta no dia 25 de junho, em Colombo (PR) Foto: Facebook / Reprodução

Tayná foi morta no dia 25 de junho, em Colombo (PR)

Foto: Facebook / Reprodução

 

O caso Tayná ganhou grande repercussão por causa da investigação truncada e a suposta tortura de quatro suspeitos por policiais civis e militares. As primeiras informações sobre o caso indicavam que quatro suspeitos estupraram a adolescente em um matagal próximo de um parque de diversões. Uma perita do Instituto de Criminalística contestou a informação do abuso sexual.

 

As confissões dos presos ocorreram antes da Polícia Civil encontrar o corpo da garota. Em seguida, os quatro suspeitos denunciaram que confessaram o crime sob tortura. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) se envolveu no caso e passou a investigar a atuação policial, denunciando 21 pessoas sobre a tortura. O assassinato continua sendo investigado por uma equipe designada pela cúpula da Polícia Civil no Estado.

 

Caso Tayná
Tayná desapareceu no dia 25 de junho quando voltava da casa de uma amiga, nas proximidades de um parque de diversões, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. O corpo da menina foi encontrado no dia 28 de junho. Três dos quatro suspeitos, presos no dia anterior, confessaram ter estuprado e matado Tayná. Um deles não teria participado diretamente do crime. No mesmo dia, o parque de diversões foi depredado e incendiado por moradores da região.

 

No dia 5 de julho, a Polícia Civil conclui o inquérito, indiciando Adriano Batista, 23 anos, Sérgio Amorin da Silva Filho, 22 anos, e Paulo Henrique Camargo Cunha, 25 anos, por estupro e assassinato da menina. Ezequiel Batista, 22 anos, irmão de Adriano, foi indiciado como cúmplice do crime.

Porém, no dia 9 de julho, o resultado de exame de DNA indicou que o sêmen encontrado na calcinha da garota não é compatível com o material genético de nenhum dos quatro acusados. Na sequência, em depoimento ao Ministério Público, os quatro acusados negaram participação no crime e denunciaram terem confessado sob tortura. Com a contradição entre o inquérito e a prova pericial, o Ministério Público devolveu o inquérito à Polícia Civil.





Fonte: Terra

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