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Ciência
Quinta - 01 de Maio de 2014 às 14:01
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O público jovem é o principal responsável pelo crescimento das vendas de tablets, sendo comum encontrar adolescentes e crianças usando o eletrônico. Mas, segundo especialistas, é preciso ter alguns cuidados com o uso em excesso do aparelho.


Em Itapetininga (SP) a psicopedagoga Mariana De Campos Fonseca da Silva conta que o uso dos tablets por crianças é interessante, mas por um período controlado . Ela afirma que nessa idade elas precisam descobrir o mundo real, não o virtual. “Como que essa criança, mais tarde quando adulta, vai conseguir criar, inventar? Ela tem que ter uma construção, e essa construção nessa fase é concreta. Então ela tem que por a mão na massa, é lógico que o tablete ajuda, mas tem a parte motora, corporal que precisa ser desenvolvida.”

A especialista afirma ainda que esses aparelhos são carregados de informações visuais e escritas, portanto podem trazer um desgaste físico e mental tanto para crianças como para adultos. “A gente precisa observar se o aparelho é uma fuga, qual o motivo de gastar tantas horas no eletrônico. E também porque o estresse é muito grande, pois mesmo que a pessoa procure por livros ou aprendizado, às vezes se gasta muita energia mental. Queremos aproveitar nosso tempo o tempo todo, só que a gente não percebe que aproveitar nosso tempo pode ser ouvir uma música, conversar com as pessoas, fazer momentos com a família”, reflete.

Em uma família da cidade os irmãos Thais Macedo Ribeiro, de 9 anos, e Artur Macedo Ribeiro, de 3, possuem o seu próprio tablet. Internet, jogos e aplicativos são os atrativos, além do tamanho, já que o eletrônico cabe na palma das mãos das crianças.

O pai deles, o empresário André Ribeiro, afirma que precisa impor alguns limites já que, se pudessem, os filhos ficariam o dia todo vidrados na tela. “Para eles não ficarem muito no tablet eles usam na parte da manhã, a tarde eles vão à escola e a noite eles estudam. Tudo para intercalar o tablet, pois não pode ficar direto senão faz mal à criança.”

Dados da consultoria de tecnologia IDC aponta que a venda de tablets ultrapassou a de computadores de mesa e notebooks pela primeira vez no Brasil entre outubro e dezembro de 2013.

O reflexo é sentido também em Itapetininga, uma loja da cidade teve aumento de 30% nas vendas do eletrônico nos últimos dois anos. A gerente de vendas da empresa, Renata Morais, explica que os modelos variam e os preços também: vão de R$ 300 a R$ 2 mil. O mercado é dominado pelos aparelhos de custo mais baixo, até 500 reais, que representam 60% das vendas. “O pessoal quer estar mais por dentro e vendo a real necessidade, escolhem o tablete por ser versátil e portátil”, ressalta.





Fonte: G1

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