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Ciência
Sábado - 22 de Março de 2014 às 10:00

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Nesta sexta-feira (21) comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down, a fonoaudióloga Sandra Cristina explica que houve avanço tecnológico e científico que trouxe melhores condições e expectativa de vida para os portadores.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui 300 mil pessoas com a alteração genética. No passado, sua expectativa de vida era, em média, de 20 anos, mas, em virtude do avanço dos tratamentos médicos, hoje existem casos de indivíduos que chegam e ultrapassam os 60 anos.

De acordo com a fonoaudióloga, uma das principais causas no passado de morte precoce em portadores da síndrome de Down era a cardiopatia, que acomete 60% dos pacientes.

— Antigamente não se tinha condições de operar casos de cardiopatias que tem necessidade de intervenção no primeiro ano de vida, com o avanço

Pacientes com síndrome de Down devem ter acompanhamento de um médico clínico, endocrinologista, oftalmologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, dentista, entre outras especialidades que podem ser necessárias.

— O psicólogo também é importante, principalmente no suporte familiar, tanto na necessidade de se reformular expectativas, como também para ajudar o paciente na passagem para a adolescência e posteriormente para a fase adulta.

Muitas pessoas acreditam que pessoas com a condição não podem ter filhos, mas, segundo a fonoaudióloga, isso não é verdade. Contudo, existe uma preocupação de especialistas sobre como o déficit cognitivo da uma pessoa com Down pode interferir na hora de começar uma família.

— Não existe a compreensão plena das responsabilidades, pois, pelo prejuízo intelectual, eles podem não apresentar a maturidade necessária para terem um relacionamento sexual com os seus devidos cuidados, nem a percepção clara das responsabilidades de se gerar um filho.

Uma das principais preocupações de antigamente girava em torno do futuro dessas crianças. Tempos atrás, pessoas com a síndrome não tinham uma boa perspectiva no mercado de trabalho, mas hoje, afirma a fonoaudióloga, o panorama é outro. As empresas abrem vagas específicas para pessoas com Down e há relatos de pessoas que chegaram a cursar faculdade.

― Há muitas oportunidades profissionais, porém com algumas restrições nas atividades a serem exercidas, em muitos casos. Com o aumento da expectativa de vida e melhores condições de reabilitação e educação, a profissionalização é uma das maiores demandas nos dias de hoje

Entenda o que é a Síndrome de Down

A síndrome de Down é uma alteração produzida pela presença de um cromossomo mais no par 21. A maioria das pessoas com esta síndrome tem a trissomia 21 simples. Isso significa que um cromossoma extra está presente em todas as células do organismo, devido a um erro na separação dos cromossomos 21 em uma das células dos pais.

Esta modificação genética afeta o desenvolvimento do individuo, determinando algumas características físicas e cognitivas.






Fonte: R7

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