Mãe, filho e namorada são achados mortos em apartamento de luxo Os corpos foram achados pela Polícia Militar às 9h desta sexta-feira (7)

Três pessoas foram encontradas mortas dentro do apartamento de um condomínio de alto padrão em City Lapa, na zona oeste de São Paulo.

Os corpos foram achados pela Polícia Militar às 9h desta sexta-feira (7), depois que vizinhos ouviram tiros vindos de dentro do imóvel. 

A polícia informou que as vítimas são uma moradora, médica, seu filho de 22 anos, estudante de medicina, e da namorada dele. A médica, segundo a polícia, se chama Elaine Munhoz. Ela é casada com Alexandre, e o filho, que faz residência médica, se chama Giuliano.

Carolina Dias, 34 anos, um ex-vizinha afirmou que morou no apartamento de cima ao da família --o crime foi no segundo andar-- por três anos, até dezembro do ano passado. Ela disse que nunca presenciou nenhuma briga. "Ele [Giuliano] era um menino exemplar. Sempre [passeando] com o cachorrinho, com a namorada. Supersimpático, supersolícito."

Segundo Carolina, Elaine, Alexandre e Giuliano eram todos médicos. O menino fazia residência, segundo outras testemunhas no local. "Nunca vi nenhuma briga. Era uma família exemplar". Estou muito surpresa. Se realmente houve alguma coisa foi um acidente."

Uma outra mulher, que se identificou como Marilene Godoy, 50, e que estava na frente do prédio onde houve o crime atrás de informações, disse que conhecia a médica "há 30 anos", e que ela foi pediatra dos seus filhos. "Era uma pessoa coerente, sensata e calma. Estou abismada", disse.

De acordo com o clínico-geral Rafael Criscuolo, que disse trabalhar com a médica há 9 anos em uma unidade de saúde pública em Pinheiros, disse que Elaine era uma mulher "alegre, competente". "Ela estava um pouco triste antes do Carnaval", disse.

Ainda não se sabe quem cometeu o crime, mas vizinhos relataram que a mãe brigava constantemente com o filho por não querer que ele se casasse. O pai não estava no apartamento no momento do crime. De acordo com testemunhas, antes dos tiros foram ouvidos gritos de um homem dizendo "não".

De acordo com a PM, uma arma foi encontrada no imóvel - o condomínio tem um apartamento por andar. A perícia, no entanto, ainda estava sendo feita às 13h27 e os ferimentos que levaram as pessoas à morte não haviam sido informados.

O caso mobilizou a cúpula da Segurança Pública do Estado. O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, o delegado Geral da Polícia Civil, Maurício Blazeck, e o Grupo de Operações especiais da Policia Civil estão no local. (Com Estadão Conteúdo)