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Agronegócios
Domingo - 09 de Fevereiro de 2014 às 07:54

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Conforme já havia sido antecipado por Planeta Arroz na última semana, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) voltará a ofertar grão dos estoques públicos na semana corrente. Os avisos 019 e 020/14 ofertarão 45,1 mil toneladas de arroz em casca, de armazéns novos, sendo um lote oriundo de Aquisições do Governo Federal (AGFs) e outro de Contratos de Opção. No primeiro lote serão 28,4 mil toneladas de grão. No segundo, mais 16,5 mil. O produto está armazenado no Rio Grande do Sul.

Alguns fatores devem ser analisados, já que este será o último leilão de produto até a safra. O atraso na emissão das notas fiscais, prazos de recursos e a retirada de arroz, deverá fazer com que este produto só seja liberado pela Conab às indústrias na última semana de fevereiro, em meio ao grosso da colheita. Como trata-se de arroz de boa qualidade de safra mais antiga, a procura deve ser significativa, pois boa parte do cereal que está sendo colhido ainda está verde e precisa de algumas semanas no armazém para alcançar o melhor ponto de beneficiamento e cocção.

Por outro lado, a liberação do cereal pela Conab aproveita um momento de preços mais altos, no qual a oferta de arroz não altera de maneira importante o comportamento dos preços. Além disso, mais armazéns estão sendo liberados para a nova safra, que deve passar de 8,2 milhões de toneladas, e a Conab deve permanecer com algo em torno de 600 mil toneladas de arroz em seus estoques, o menor volume da década. A política governamental com outros grãos e fibras tem sido essa, a de permitir que o mercado se autoregule. Algumas pessoas defendem que a Conab deveria manter um estoque constante em torno de um milhão de toneladas, o que não é corroborado pela maioria dos produtores.

Por outro lado, afora os embarques já contratados, as exportações brasileiras vivem uma leve retração neste momento. Entre outros problemas, existe a limitação de uso da estrutura portuária e de armazenagem, especialmente nos terminais privados, que já preparam-se para o ingresso da grande safra de soja. Até mesmo o frete começa a preocupar pela concorrência com a soja.

Nas duas últimas semanas o que está preocupando a cadeia produtiva é o segundo embarque de arroz para o Iraque, referente à vitória em uma concorrência pública. Na primeira oportunidade, houve problemas porque o Iraque não aceitava as condições do fornecedor. Agora, a cadeia produtiva está alerta porque surgiram boatos de que a empresa operadora local não estava conseguindo o volume e, especialmente, a qualidade necessária para embarcar. As entidades setoriais chegaram a buscar contato com os responsáveis para oferecer auxílio. A expectativa é de que mesmo após a pressão, o embarque dê certo.

A posição da cadeia produtiva, no entanto, é unânime de que se algo negativo ocorrer neste carregamento, será muito difícil recuperar a imagem perante ao Iraque, que é um grande comprador mundial. Para o leiilão, a expectativa é de preços similares aos alcançados nos últimos pregões, em torno de R$ 34,00 de referência.






Fonte: PLANETA ARROZ

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