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Cidades
Sábado - 10 de Junho de 2023 às 09:36
Por: Claryssa Amorim/Gazeta Digital

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Ainda hoje, pessoas com deficiência (PCD) são excluídas do mercado de trabalho por conta do preconceito. Atualmente, 70% das pessoas com deficiência não têm emprego formal. Para tentar reverter essa situação, um programa está capacitando os PCDs para prepará-los para um emprego.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 19.063 pessoas com deficiência entre 20 e 24 anos estão empregados no Estado. Já a faixa etária ente 30 e 34 anos atinge a marca de 2.127 PCDs empregados em Mato Grosso.

Para capacitar essas pessoas, o sindicato das Indústrias de Bioenergias de Mato Grosso (Bioind-MT) em parceria com o Senai, criou o programa “+ Possibilidades: espalhe a energia da inclusão”. O projeto de qualificação profissional vai qualificar mais de 300 PCDs de 10 cidades de Mato Grosso nas áreas de Gestão e Logística.

Cega Marta Bordignon, 35, estuda no Senai como jovem aprendiz e desta vez, entrou no curso + Possibilidades e já está na fase prática do curso. Marta comentou que está amando a qualificação e o trabalho.

“Entrei como jovem aprendiz. À noite eu estudo, ganhei a bolsa e estou amando o curso de tecnologia em logística. Tenho algumas dificuldades, mas vou aprendendo. Eu passei por um período no curso que já fui efetivada em fevereiro deste ano e trabalho na área da educação. Eu encaminho os alunos que chegam atrasados para a sala de aula, vou para sala quando necessário, quando o professor se atrasa. Sem o curso seria difícil, ele abre as portas para nós”, comentou Marta.

Otmar de Oliveira

mais possibilidades

Mesmo com números bem representados de PCDs empregados, o mercado de trabalho não tem aceitado com facilidade esse grupo, segundo o presidente do Bioind, Silvio Cézar Rangel. O que facilita é a Lei Federal 8.213 de 1991 que obriga as empresas, que possuem a partir de 100 colaboradores, a destinação de vagas para pessoas com deficiência.

“O projeto oferta mais possibilidade, além de ser inovador, é um projeto da união do setor que estão associadas ao sindicato Bioind, que já fazem o trabalho de qualificação profissional em diversas áreas, mas agora a gente está fazendo o trabalho de qualificação profissional para as pessoas com deficiência. Isso é importante para gente, não só pela responsabilidade que temos, mas por ver que a gente pode transformar a vida das pessoas nesse projeto incluindo eles no mercado de trabalho e ampliando essa possibilidade no Estado”, disse o presidente.

Diretora executiva da Bioind, Lhais Sparvoli, explicou que os cursos terão duração de um ano, sendo 6 meses de estudo técnico nas unidades do Senai, além de atuação prática nas próprias indústrias.

“Indústrias de bioenergia de Mato Grosso estão passando por um momento de crescimento. Esse crescimento industrial gera um crescimento de empregos em todos os setores, então tanto para o lado para pessoas com deficiência, tanto em geral. Serão 340 pessoas com deficiência, em 10 cidades diferentes de Mato Grosso em todas as indústrias de bioenergias. Todas vão participar desse projeto. O aprendiz PCD que talvez nunca trabalhou, nunca teve essa experiência profissional, ele passa por um ano de aprendizagem e sai do curso efetivado. As empresas também vão passar por uma qualificação para poder aprender a receber esses qualificados. Após um ano com essa capacitação, esse aluno poderá ser contratado em regime CLT e se tornarem efetivos colaboradores dessa indústria”, finalizou Lhais.





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