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Saúde
Quinta - 11 de Maio de 2023 às 19:57
Por: Cristiane Guerreiro/Gazeta Digital

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Chegar ao diagnóstico e ter pesquisas eficientes para o desenvolvimento de novos medicamentos são os principais desafios no enfrentamento ao lúpus, aponta o reumatologista Luiz Guedes Barbosa, que há mais de 35 anos trabalha com doenças autoimunes. No Dia Mundial do Lúpus, lembrado nesta quartafeira (10), o especialista ressalta que a doença é mais comum entre mulheres e ocorre principalmente na faixa etária de 20 a 45 anos.

No Brasil, estima-se que cerca de 65 mil pessoas vivem com lúpus, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. Uma a cada 1.700 mulheres no Brasil é acometida pela doença.

“O lúpus ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano. Geralmente, desenvolve em mulheres jovens no período fértil, apesar da doença também atingir homens e pessoas de outras idades”, enfatiza o reumatologista.

Ele afirma que os desafios ainda são grandes, pois o lúpus apresenta diferentes manifestações clínicas e acomete vários órgãos. “Outro fator são os mitos que envolvem a doença”, reforça.

Barbosa ressalta que a medicina entende que fatores genéticos e ambientais participam de seu desenvolvimento. “A interação de fatores genéticos e ambientais apresenta uma carga genética, que ataca a própria pessoa”, explica. Barbosa lembra que, apesar de não existir cura, o tratamento adequado ameniza os sintomas.

“O tratamento é individualizado e vai depender de qual órgão está sendo acometido pela doença. O lúpus causa, principalmente, lesões nos rins, globo ocular e processos inflamatórios no corpo”.

Hoje o diagnóstico se baseia nos dados clínicos, exames que mostram testes de autoimunidade, histórico familiar e pré-disposição genética.

“O avanço da medicina e o empoderamento do paciente são importantes para o êxito no tratamento. O conhecimento adquirido faz o paciente ser o protagonista da sua história, sendo muito mais ativo durante as consultas médicas e na adesão dos cuidados”.

Em Cuiabá, Barbosa orienta pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) a procurarem o Hospital Universitário Júlio Müller e Hospital Geral, além do ambulatório da Univag.





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