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Política
Quarta - 03 de Maio de 2023 às 05:49
Por: Cíntia Borges/Midia News

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O chefe do Naco, Marcos Regenold: procedimento preliminar de investigação
O chefe do Naco, Marcos Regenold: procedimento preliminar de investigação

O Ministério Público Estadual determinou a abertura de uma investigação para apurar as declarações do deputado estadual Wilson Santos (PSD) sobre a possível existência de parlamentares eleitos com apoio de facções criminosas em Mato Grosso.

O procedimento preliminar de investigação foi aberto nesta terça-feira (2) por ordem do promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes, chefe do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco).

O órgão é responsável por investigar pessoas com foro com prerrogativa de função, como deputados estaduais.

Requisite-se ao delegado vinculado ao Naco a instauração de procedimento preliminar de investigação, a fim de que se possa colher os elementos mínimos necessários para o esclarecimento dos fatos

“Requisite-se ao delegado vinculado ao Naco a instauração de procedimento preliminar de investigação, a fim de que se possa colher os elementos mínimos necessários para o esclarecimento dos fatos. Ao final, deverão os autos serem devolvidos ao Naco para posterior deliberação”, determinou Regenold.


Conforme o documento, Wilson também será convocado para ser ouvido pela autoridade policial. “[...] Para que preste informações acerca dos fatos noticiados, juntando a documentação comprobatória que entender conveniente”, consta em trecho do documento.

Regenold argumentou que, apesar de Wilson não ter revelado quem são os eventuais deputados, o procedimento que antecede ao inquérito policial é necessário, pois "se amoldam, prima facie, ao crime envolvendo organização criminosa".

O caso

A denúncia foi feita por Wilson Santos na semana passada em entrevista ao site Reporter MT.

Ele contou que, em conversa com o ex-secretário de Segurança, Alexandre Bustamente, este lhe revelou que parlamentares pediram instalação de tomadas de energia nas celas das penitenciárias do Estado. Assim, líderes de facções poderiam carregar os celulares.

"[Bustamente me disse que] Outros dois ou três deputados foram até ele pedindo para reinstalar tomadas para que os líderes do crime organizado, que estão presos, possam recarregar as baterias dos celulares. [...] E eu questionei: 'Quem são esses meus colegas deputados?'. E ele disse: ‘Isso eu também não vou falar’”.

“[Esse deputado] Não vai se eleger, já elegeu. E se nós não retomarmos o território das periferias, o crime vai avançar”, completou Wilson na entrevista.





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