Pedro Taques reúne secretariado para debater nova reforma e decretar "economia de guerra" em MT
A segunda etapa da reforma administrativa, mudanças no staff e novas medidas de contenção de gastos estão na pauta da reunião do governador José Pedro Taques (PSDB), com o secretariado, nesta segunda-feira (25), no salão Garcia Neto do Palácio Paiaguás. A reunião começou pouco antes das 9 horas, convocada no último final de semana, após Taques entregar equipamentos para a Secretaria de Estado de Direitos Humanos (Sejudh), no Salão Cloves Vettorato, para acabar com a revista vexatória para os visitantes de reeducandos, em estabelecimentos penais de Mato Grosso.
Mesmo antes da reunião, já existia a expectativa de que seja colocada em prática o que alguns secretários de Estado chamam de “economia de guerra”, reduzindo o consumo desde cafezinho até combustível, passando por energia elétrica e telefonia, entre outros.
Pedro Taques estava sisudo durante a cerimônia no Salão Cloves Vettorato e não gravou entrevistas sequer sobre a entrega de equipamentos da Sejudh. Ele subiu imediatamente para iniciar a reunião com os assessores de primeiro escalão.
Além da questão econômica, com fusão e criação de secretarias de Estado e empresas, redução de incentivos fiscais concedidos pelo Estado, e cortes para enxugar a folha de pagamento, existe a possibilidade de a reunião servir para ser batido o martelo na reforma administrativa.
Tanto que três adjuntos que se tornaram titulares, estão participando: Antônio Carlos Figueiredo Paz, de Gabinete de Desenvolvimento Regional; Luiz Carlos Nigro, ex-adjunto de Turismo e novo secretário-chefe da Casa Civil; e Ana Rosa Fagundes, interina do Gabinete de Comunicação (GCom). Embora oficialmente esteja em férias, o jornalista Jean Campos, titular do GCom, também participou do encontro.
Pedro Taques deve enviar projetos de lei para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, na próxima semana, com a segunda etapa da reforma administrativa e vai novamente insistir na redução de cargos comissionados, revisão de contratos, extinção empresas públicas e criação de outras.
O chefe do Poder Executivo mantém a meta de, durante o seu mandato, alcançar o equilíbrio fiscal da estrutura pública com a sua conseqüente eficiência e funcionalidade do Estado. Para ele, o governo só subsiste para atender a população e a partir do momento em que o povo não é atendido, se permite os desvios tão comuns em serem presenciados na gestão pública.
“A nossa proposta é dar prosseguimento à nossa política de redução das despesas, enxugamento de gastos públicos para sobrar recursos para investimentos em obras e ações de interesse da população”, argumentou ele, em entrevista anterior para a reportagem do Olhar Direto.
Sob a coordenação dos secretários Paulo Taques, da Casa Civil; Marco Aurélio Marrafon, de Eeducação; Gustavo de Oliveira, de Planejamento; Seneri Paludo, de Fazenda, e Patryck Ayala, da PGE, estão sendo concluindo os estudos da nova etapa da reforma administrativa que visa não apenas economizar para o poder público, mas principalmente torná-lo também mais eficiente.
Estima-se em pelo menos mais cinco ou seis projetos de Lei que terão que ser apreciados pelos deputados, nos próximos dias.
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