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Sábado - 07 de Março de 2015 às 08:19
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Reprodução / TV Globo
Presença de mulheres em cargos de liderança vem caindo em empresas brasileiras, diz  estudo
Presença de mulheres em cargos de liderança vem caindo em empresas brasileiras, diz estudo

Mais da metade das empresas no Brasil não possuem mulheres em cargos de liderança, colocando o país na 3º posição entre os que menos promovem funcionárias para posições mais altas. Os dados são da pesquisa “Women in Business 2015”, da Grant Thornton.

De acordo com o estudo, 57% das companhias brasileiras não têm mulheres em cargos de liderança. O país fica atrás apenas do Japão, com 66%, e da Alemanha, com 59%. A média mundial é de 32%.

O país com mais mulheres em posição de líderes entre os pesquisados é a Rússia. Apenas 11% das empresas no país não têm nenhuma mulher em cargo alto.

No Brasil, a presença de mulheres em cargos de liderança vem caindo ao longo dos anos. Em 2012, 26% das empresas não tinham funcionárias em funções de comando. Em 2013, a proporção aumentou para 33% e em 2014, para 47%. Entre as 150 companhias brasileiras que participaram da pesquisa, nenhuma possui mulheres na presidência ou vice-presidência. Os conselhos de administração têm em média cinco integrantes, sendo que uma vaga é ocupada pelo sexo feminino, na maioria dos casos.

O crescimento da fatia de empresas que não contraram mulheres como líderes acompanha a tendência na América Latina, segundo o estudo. A região registra queda na porcentagem de mulheres líderes, de 28% em 2009 para 18% hoje. Na contramão, o volume de empresas sem nenhuma mulher em cargos estratégicos cresce: de 34% para 53%, no mesmo período.

Cotas para mulheres e motivos de dificuldade
A pesquisa mostra que 61% das empresas brasileiras apoiariam cotas para aumentar o número de mulheres em companhias de capital aberto. Esta iniciativa é comum em alguns países europeus, como Noruega, Espanha e Alemanha.

Para Madeleine Blankenstein, sócia da Grant Thornton Brasil, um dos principais problemas para as mulheres no país é a falta de fatores possibillitem equilibrar vida familiar e carreira. “Poucas empresas têm creches, oferecem a oportunidade de trabalho flexível e outros benefícios que permitiriam que a mulher não precisasse sempre escolher entre a família e o trabalho. Além disso, os grandes centros urbanos dificultam a mobilidade e a possibilidade de flexibilidade para as mulheres que buscam este equilíbrio."

Das executivas entrevistadas, 28%, em todos os países, afirmam que o cuidado com a educação dos filhos é a principal razão pela qual as mulheres têm mais dificuldades para crescer profissionalmente, quando comparadas aos homens.

A questão do preconceito contra a mulher foi apontada com mais frequência entre entrevistadas da África. Na região, 40% das participantes disseram que o simples fato de ser mulher já é um entrave. Já na América Latina, a questão de gênero é o maior problema para 19% das executivas.

A pesquisa mostra também que as mulheres, uma vez líderes, costumam se concentrar em posições de suporte ao negócio. A maioria das executivas seniores entrevistadas (27%) está no RH, enquanto que apenas 9% são de fato CEOs. “As empresas precisam se reinventar e incentivar a cultura da diversidade, pois assim, os homens líderes também se conscientizarão da necessidade de mudança”, explica Madeleine.





Fonte: Do G1

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