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WILSON CARLOS FUAH
Quinta - 04 de Dezembro de 2014 às 08:35
Por: 13

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Viver em sociedade é administrar sucessivos conflitos que são fontes permanentes de estresses, por isso, muitas pessoas vivem no limite da contrariedade e atritos interpessoais, que mal resolvidos transforma em angústias. 


O espetáculo da vida é formado de painéis de início e término de convivências sociais, mas as pessoas por não suportar a solidão, saem das suas ilhas pessoais, em busca de aproximação e ao abrir as portas da expectativa de relacionamento, estão preparadas apenas, para entender que é muito fácil conviver com pessoas fortificadas nos seus próprios atos e que não precisam de nós; é muito fácil presentear quem não precisa do nosso amparo material; é fácil doar a quem nunca nos pediu nada, mas por outro lado, é muito difícil estar ao lado daqueles que estão situados abaixo da linha da prosperidade e carente de tudo. O importante é saber que ao fazer o bem, só nos causa o bem, mesmo que ao fim das contas, apesar da traição e da ingratidão, doar um pouco de nós é a principal virtude para se chegar a um bom relacionamento. 

"Pouco conhecemos das pessoas só pelo convívio, na ânsia em ajudá-las, retiramos delas a melhor coisa que existe, que é o crescimento pessoal, ou seja, o exercício de saber vencer pelos seus próprios esforços"


Devemos estar preparados para aceitar algumas decepções e talvez receber pequenos reconhecimentos, ou seja, a gratidão, a obrigação mútua, a consideração e o respeito deixam de fazer parte da ação benéfica conquistada, pois existem pessoas necessitadas de bengalas espirituais permanentes e não fixa nas suas próprias lembranças a grandeza de ter recebido uma graça, o ato emocional não se restringe e se acaba ao dizer mecanicamente “Deus lhe Pague”. A ajuda não é evolutiva para aqueles que sentem carência de tudo, pois em sua cabeça impera o ato de pedir, fazendo com que suas emoções positivas sejam jogadas na lata de lixo.

Pouco conhecemos das pessoas só pelo convívio, na ânsia em ajudá-las, retiramos delas a melhor coisa que existe, que é o crescimento pessoal, ou seja, o exercício de saber vencer pelos seus próprios esforços, entretanto, há a consciência de que muitos não irão mudar sua maneira de viver pela simples ajuda recebida, pois a vida para essas pessoas se resume em momentos.

Devemos ter a consciência de que ao fazer o bem aos outros, estamos fazendo indiretamente para nós mesmos. Os riscos dos nossos atos são de nossa exclusividade e não devemos culpar aos outros se alguma coisa em forma de gratidão não der certo.

Na luta entre o coração e a razão, muitos optam por retardar as decisões a procura de justificativas inúteis. Somam-se os porquês, acumulando os desperdícios das possibilidades que são de exclusividade pessoal, a maioria das pessoas está dosando demais os seus desafios e ao fazer isso, limita a sua própria capacidade de assumir a maior força que a vida nos dá: que é o poder de superação individual.

WILSON CARLOS FUAH é especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.



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