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Gabriel Novis Neves
Sexta - 07 de Fevereiro de 2014 às 23:59
Por: Gabriel Novis Neves

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Faltando poucos meses para o final de um governo de mais de cinco anos, o governador decreta controle total e rigor nos gastos públicos.

Infelizmente, essa medida de austeridade veio tarde demais, pois a vaca já foi para o brejo.

Pelo menos nosso maior mandatário teve a coragem de confessar que durante o seu mandato houve excesso de “gastação” desnecessária. Resultado da orgia financeira: as contas não fecham.

O gasto não programado com as obras da Copa parece que foi a gota d’água para tal decisão.

Todos os cálculos previstos nos orçamentos das obras foram quintuplicados e, o pior, é que a prioridade no momento, que é a conclusão do campo de futebol, está tão atrasada quanto feia.

As correções de políticas de governo tomadas no desespero são as piores possíveis. A população ainda não digeriu a criação de uma secretaria especial, ou coisa parecida, para o controle e aceleração das obras faltando menos de cinco meses para os jogos da maior competição de futebol do mundo. Puro descontrole.

Agora o adendo fatal: a centralização de todos os gastos nas mãos do governador, com o tradicional contingenciamento do orçamento do ano.

Na prática, teremos atrasos, mesmo nos repasses constitucionais para a educação e saúde, assim como para o mais simples dos compromissos.

Este decreto é um alerta que o Estado gastou demais e está sem dinheiro, com muitos compromissos, especialmente os internacionais, com data muito anteriormente marcada – cerca de oito anos. Nada de surpresa, e sim, descaso.

Em ano eleitoral o governo tem de fazer muita ginástica contábil para, pelo menos, pagar o funcionalismo.

Os prestadores de serviço já deram sinal da falta de dinheiro, gerando atrasos de repasses. A empresa de médicos anestesistas com salário sem receber desde outubro, resolveu abandonar o serviço no único Pronto Socorro que atende todo o Estado. As cirurgias foram diminuídas em 75%. Isso está acontecendo na cidade da Copa.

O governo tem de arrumar dinheiro para atender a FIFA.

O prognóstico para o exercício financeiro deste ano de sonhos está se transformando num imenso pesadelo.

Tomara que chova dinheiro em Cuiabá para nos salvar de tamanho desgaste de incompetência.

Vamos esclarecer: não confundir gestões públicas desastrosas com o nosso passado de construtores desta civilização.

Tudo agora é tarde demais, pois “Inês é morta”.

Gabriel Novis Neves





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