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Opinião
Quarta - 07 de Agosto de 2013 às 16:21
Por: Licio Antonio Malheiros

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 O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (SINTEP), com apoio do Fórum Sindical, União Estadual dos Estudantes, Central única dos Trabalhadores, Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e, Grêmio Estudantil da Escola Estadual Eucaris de Moraes Poconé. Contando com a presença de professores, técnicos e apoio administrativo, reuniram-se na tarde do último dia (05), em assembleia geral, na Escola Estadual Presidente Médici. Segundo estimativa, cerca de 2 mil trabalhadores estiveram presentes, envolvendo 90 municípios matogrossenses. Na pauta de reivindicação, está como carro chefe, à aplicação do piso salarial no valor de 10,41%, este aumento seria de R$ 163,12, levando em consideração, que atualmente o salário de professor é de R$ 1.567,00, além dá, aplicação dos 35% dos recursos do Estado em Educação, à realização de concurso público, cumprimento da hora-atividade, investimentos nas unidades escolares e, compromisso de valorização profissional dos trabalhadores por meio da dobra do poder de compra dos mesmos. No final da assembleia, após a fala de um grande número de manifestantes, cada um, colocando democraticamente sua opinião; chegou-se por unanimidade, a decisão de paralisação da atividade escolar por tempo indeterminado, tendo início na próxima segunda-feira dia (12).
 
A contextualização da chamada, em que pese ter sido prolixa, necessário se fez, para que pudéssemos mostrar para todos, os pontos que foram abordados, desde o processo de mobilização, até, a assembleia geral, que ocorreu de forma, ordeira, pacifica imbuída em alcançar seu único objetivo; o de sensibilizar os nossos governantes, da necessidade premente, da valoração dos nossos educadores, que em sua grande maioria vivem na linha da miséria, porque, apenas conhecimento cognitivo, não enche a barriga de ninguém, é preciso salário digno. 
 
Na contramão da história, excelentíssimo senhor Governador do Estado, Silval Barbosa, parece irredutível com relação ao atendimento das justíssimas reivindicações dos nossos abnegados professores; que muitas vezes trabalham, em condições precárias e em alguns casos até mesmo insalubres, percebendo salários miseráveis.
Paradoxalmente, este mesmo Governo, que alega falta de condições financeiras, para atender ao pleito dos professores.
Dias atrás consegue através da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), aprovisionar verba no valor de R$ 7,7 milhões em serviço de Buffet, nos próximos 12 meses. Serão 433.512 serviços de alimentação, com direito à salada de marisco e salmão ao molho tártaro e por ai vai.
Não estou criando nenhum factoide, e nem tão pouco questionando a legalidade da ação implementada pelo Governo, até porque, essa notícia foi veiculada em todos os meios de comunicação de massa da nossa capital, não como crítica pontual a este Governo, mais sim, na forma diferenciada de tratamento de diferentes segmentos da educação.
 
Enquanto, alguns comem salmão, camarão; os nossos guerreiros professores não conseguem se quer comer aquele bifinho de coxão mole, e muito menos, dar a seus familiares um mínimo de lazer e entretenimento, por perceberem salários de fome.
Pare o mundo, quero descer.


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