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Opinião
Quinta - 02 de Fevereiro de 2012 às 14:45
Por: Wilson Carlos Fuá

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Os pais depois de pesquisar livros e mais livros, teses e antíteses, chegam a conclusão que não tem como decidir qual o melhor sistema a ser aplicado na  educação dos   filhos: a liberdade total ou estabelecer os limites. 

Mas a natureza e os animais nos passam sabedorias infinitas e focando na observação nos ensinamento dos proporcionados pelos animais é que recebemos várias lições  da irracionalidade aparente.
 

Ao observarmos o nascimento de um filhote da Girafa, podemos receber os grandes ensinamentos:

A girafa é o animal que dá a luz em pé, sua altura não é das mais é apropriadas para utilizar essa posição, pois ao nascer o seu filhote despenca de uma altura superior a dois metros, e a partir daí, o seu nascimento vira um tombo de levantar poeira do solo, sem posição definida para cair. O primeiro carinho que a girafinha recebe da mãe, vem na forma de cabeçadas, pois com balançar do seu longo  pescoço, ela vira e desvira o filhote, até ele ficar em pé. Após o filhote conseguir ficar em pé, a mamãe girafa, usando as suas longas patas, passa a dar chutes violentos, empurrando-a  para  andar.  Vários chutes são dados, até que, já cansada, a recém-nascida consegue finalmente dar alguns passos para fugir do comportamento agressivo da mãe.
Mas ficar em pé não deixa mãe orgulhosa.
Continuará a desferir chutes mesmo que a filha caia e lá vão chutes e mais chutes até o animalzinho levantar mais depressa.

Diante da observação, as pessoas sensíveis ficarão a pensar:
   Por que esse procedimento violento com um animalzinho  tão indefeso?
        Na verdade ela quer que a girafinha aprenda rapidamente a conviver com o seu mundo, onde a sua sobrevivência depende o mais rápido possível do aprendizado da lei da selva, pois contra a vida desse filhote estão os leões, hienas, leopardos e até seres humanos  caçadores malvados que matam pelo prazer de matar.
     A Lei da sobrevivência vem junto com no nascimento,  através do primeiro tombo o filhote recebe o seu primeiro ensinamento,  que levará por toda a sua vida: se cair deve levantar-se  rapidamente, e com as suas próprias pernas, porque senão morrerá cedo e não saberá enfrentar o que vem pela frente durante toda a sua vida. 

  Diante do exemplo e ensinamento dessa espécie (Girafa), vemos que a sobrevivência faz parte da lei natural. Hoje os ensinamentos de pais para filhos são atropelados pelo excesso de liberdade, a vontade dos filhos acaba virando lei dentro dos lares, entre as famílias não existe estabelecimento de limites, os filhos são seres sem comando e sem metas, vão aprendendo ao contrário, os pais  fornecem a abundância de desfrutes e as obrigações são adiadas, o respeito e sentimento de gratidão não fazem parte da sua existência, com isso a família virou uma fábrica de monstrinhos delinqüentes sem responsabilidade, avesso ao trabalho, pois a facilidade de obter tudo facilmente, fará da sua existência um fracasso diante dos obstáculos que a vida nos impõe, saber lidar com a dureza da vida começa desde o parto, (muitas vezes cesarianos, facilitando a seres vir ao mundo sem fazer força).

Os pais bonzinhos esquecem que a sobrevivência do ser humano está necessariamente relacionado com crescimento interior de cada um, desde  cedo os filhos não devem receber o excesso de proteção, porque senão eles começarão  a se desfazer do embate do dia-a-dia, a nossa sobrevivência é muito mais difícil  na selva de pedra. O dever dos pais é estimular e orientar os filhos desde cedo a ter reflexões sobre a sua sobrevivência,  decisões  mais rápidas e procedimentos eficazes, cada passo na nossa evolução é constituído de responsabilidade, e a cada filho deve  direcionar de uma forma precedida de  obrigações, que fatalmente será cobrada com as metas a serem alcançadas, que são  princípios que  tornarão cada filho um empreendedor. Ser empreendedor é concluir tarefas com sucesso e o retorno será a produção de serviços de qualidade para si e preparando para enfrentar a sobrevivência pela vida a fora.

O que é empreender, é saber segurar com as mãos o que a vida oferece, desde cedo como a primeira lição estão as realizações das tarefas escolares e as tarefas domésticas que podem ser ensinadas aos filhos na forma de obrigação e de  organização do meio em que vive, a partir do seu quarto. A cobrança de responsabilidade e repetição das lições às vezes trazem dores que são necessárias para a nossa aprendizagem, pois sabendo lidar desde cedo com a perda ou êxito, teremos condições de enfrentar as situações que o dia-a-dia nos impõe.

Durante a nossa vida enfrentaremos ataques, derrotas, insultos, perdas e às vezes vitórias e conquistas, que não vêm fácil, e por vezes levaremos anos em busca de um horizonte. E aí quando tropeçarmos, devemos saber levantar imediatamente,  ter a lucidez de buscar novos caminhos, mesmo tendo a incompreensão de muitos, saberemos lutar pelos nossos ideais e tendo sempre os nossos  valores como lições recebidas desde  infância, pois desde cedo (como a girafinha)  já apreendemos a não depender de ninguém.

 No dia-a-dia das lições repetitivas  os filhos  recebem uma herança cultural cheia de princípios  da família,  que são distribuídas em forma de exemplos dentro do próprio lar, os filhos são seres representativos dos país, pense naquele ditado: “tal pai, tal filho”.  Ao entendermos que por mais difícil que seja uma situação, sempre existem dois lados. O de desistir e o de persistir. E ser flexível não significa ser fraco. Uma forma fácil de acreditar que podemos sempre vencer, é olhar o passado e ver quantas vitórias foram conquistadas. Quantos problemas foram resolvidos, quando nem nós mesmos acreditávamos que existia uma saída. As dificuldades na  vida é como passar por um túnel, por mais que demore, SEMPRE existirá uma saída. 

A  pior luta, é quando lutamos  contra nós ou contra nossa família, porque só existirá um ferido, nós  mesmos. Filhos que não têm uma boa formação sempre aplicarão a auto-sabotagem, que é desistir das conquistas, e fazendo  com que os pais pensem que  fracassaram na sua formação.
     A falta de limite e o excesso de proteção poderão fazer dos seus filhos os eternos desistentes da felicidade.

WILSON CARLOS FUÁ é especialista em Administração Financeira e Recursos Humanos.
fuacba@hotmail.com

 

     
 



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