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Opinião
Quarta - 27 de Junho de 2012 às 17:38
Por: Adilson Rosa

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O dia 27 de julho ficará marcado para sempre na história de Cuiabá. É que a partir desse dia não existirá mais a função de cobrador de ônibus das linhas municipais. Restará o profissional que atuará nos micro-ônibus, linhas intermunicipais e também interestaduais.

A morte da profissão na Capital mato-grossense é obra dos vereadores que aprovaram e o prefeito sancionou a Lei 5.541, de 27 de abril de 2012.

Por tabela, a lei vai colocar Cuiabá como a pior Capital em geração de empregos em julho, uma vez que serão exterminadas mais de 1.000 funções de cobradores. Os empregos gerados não serão suficientes para cobrir esse número expressivo, graças à ação do Legislativo municipal que se empenhou na aprovação da Lei 5.541.

Não são apenas 1.000 empregos decepados. São mais de mil famílias na rua da amargura porque viviam dessa função. Mesmo com o acerto de contas, o seguro-desemprego não será suficiente para apagar essa mancha.

O curioso é que agosto é o mês do fervilhar da campanha, justamente para eleição dos vereadores. Será difícil algum vereador sair com uma faixa, bandeira ou placa propagando aos quatro cantos que ele foi a favor da Lei 5.541. Parece que nem o sindicado da categoria esperneou. Já vai longe o tempo em que sindicalistas reclamavam de algo menor que isso.

Seria interessante também que o vereador que votou contra a Lei 5.541 viesse a público e esclarecesse que não entrará para a história como exterminador da profissão de cobrador de ônibus das linhas municipais.

A Lei 5.541 teve a aprovação das empresas de ônibus, uma vez que representa redução de custos. Uma opção técnica. Será que os vereadores que votaram a favor alegaram também uma decisão técnica ao acabar com a função de cobrador de ônibus?

Se o vereador é eleito pelo voto do povo, deve tomar uma decisão política e não técnica. Só se os vereadores não andam de ônibus, não têm parentes ou funcionários que utilizam o transporte coletivo ou não têm eleitores usuários de “busão”.

Como se trata de uma lei municipal, os vereadores que assumirão o cargo em 2013 podem revogar a Lei 5.541.

ADILSON ROSA é repórter do jornal Diário de Cuiabá.

 
 



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