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Opinião
Terça - 24 de Julho de 2012 às 08:56
Por: Wilson Carlos Fuá

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Durante a campanha de  2010, o principal argumento da então candidata do PT – Dilma Rousseff , era que os seus adversários tucanos dilapidaram o patrimônio nacional com as privatizações e que se eles voltassem ao poder iriam privatizar até o Pré-Sal (reserva petrolífera que iria transformar os brasileiros em maior renda per capita do mundo), e que o caminho na proposta do PT era totalmente diferente das privatizações, e que se ela (Presidenta Dilma) ganhasse as eleições, decretaria o fim das privatizações e ira rever tudo com apuração de responsabilidade e que iria fortalecer as empresas estatais, promovendo investimentos maciços nelas, que esse era o caminho para o Brasil desenvolver. E não fez, porque se assim fizesse, iria simplesmente voltar na época do telefone pendurado no gancho.

O PT tinha como o principal argumento, durante as campanhas eleitorais, sempre sair para o embate com disputa ideológica sobre privatizações e concessões.  Sem o embate ideológico o PT pode até desaparecer, por isso é importante para o PT, manter a posição contraria a privatização, porque imaginam que sem a estatização praticamente estaria instalando um problema social dentro do partido, pois um monte de “cumpanheiros” ficariam sem espaço na máquina pública.

Como o governo brasileiro, assumiu os encargos para sediar a Copa do Mundo de 2014, diante da realidade mensurada, e vendo que a Copa não é só festa, mas pela fresta da porta erário público, viu-se que a realidade era a escassez de receita, e com medo de cometer um fiasco na Copa do Mundo por falta de dinheiro público para reformar e modernizar a infraestrutura no País, a Presidenta Dilma decidiu transferir a administração dos principais aeroportos para à iniciativa privada.  O governo do PT, não viu outra saída e partiu para as concessões  de Aeroportos, pois os investimentos serão de R$ 4,6 bilhões em Guarulhos; R$  8,7 bilhões em Viracopos e R$ 2,8 bilhões em Brasília, com prazos de concessões diferentes sendo: 20 anos para Guarulhos; 25 anos para Brasília e 30 anos para Viracopos.  Além da outorga, os concessionários terão que ceder um percentual da receita bruta ao governo, dinheiro que irá para um fundo cujos recursos serão destinados ao fomento da aviação regional. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o  financiador no total de  até 80% do investimento  previsto para os três aeroportos. 

Nesse arranjo Petista, a estatal Infraero continuará responsável pelas operações dos 63 aeroportos no Brasil que representa por 67%, de toda movimentação no país e  a Infraero será sócia das concessionárias privadas, com participação de 49%. 

Este ano teremos eleições em todos os municípios do país, e será que a orientação do marketing do PT pensando em 2014, passará ordem a todos os candidatos municipais para  dizer que as privatizações nos aeroportos e nas estradas federais, são concessões com data  pré-determinada para iniciar e encerrar, pois para o Lula: as concessões são coisas e artes do Demônio. 

Será que ira aparecer um candidato do PT, partindo para o embate ideológico, dizendo que se eleito for, irá quebrar todos os contratos de concessões, porque como disse Lula: “ isso é coisa e arte do diabo”?

Será que aparecerá um candidato do PT, pregando aos quatro ventos que prefere voltar ao tempo onde os telefones era coisa só para pessoas ricas, e não vê que hoje todos os trabalhadores têm telefone em suas casas, e os aparelhos de celular podem ser vistos até dentro de ônibus, com fácil acesso a todos os cidadãos brasileiros?

Será que aparecerá um candidato querendo voltar à época dos dinossauros, onde as pessoas ao primeiro vento de chuva pegavam a lamparina ou a vela, porque a “luz iria embora”, será?  

Ser contra as concessões é  ser contra até ao que o PT está fazendo a nível nacional, pois até o PT da Dilma, já faz isso, apesar de tentar mudar os nomes para confundir os eleitores menos avisados.  

Para entender a explicação do PT sobre a diferença entre privatização  e a concessão, vamos contar uma historinha ocorrida num flagrante  em um caso de adultério:
- Uma esposa muito brava, e bota brava nisso, já muito desconfiada do seu esposo, passa a segui-lo, até que um dia pega o esposo na casa da sua amiga praticando um serviço amoroso de alto risco, e parte para cima dele com arma apontada, dizendo  que teria que limpar a sua honra com a  morte do seu esposo.

  - O esposo muito malandro no jogo das palavras, disse a esposa traída:
  Fique tranquila e acredite em mim. Isso não é uma privatização em forma de traição, isso é apenas uma pequena concessão por prazo determinado, pois a privatização é para sempre.

    - E, a ingênua mulher, acreditou dando mais um “voto” de confiança.     
Será?


Economista Wilson Carlos Fuá – É Especialista em Administração Financeira  e  Recursos Humanos.
 


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