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Opinião
Domingo - 02 de Setembro de 2012 às 11:31
Por: Wilson Carlos Fuá

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O que leva uma pessoa a desejar profundamente o poder político e lutar com todas as forças para ser um político poderoso, cercados de bajuladores, interesseiros, manipuladores, perdulários e avarentos. Deixando sua vida profissional de lado e trocando sua família que com certeza lhe daria beijos, abraços, afagos, entregas e diálogos, que são atitudes simples, mas insubstituíveis. Eles (os políticos) passam as suas verdades ou suas mentiras para o povo carente de líderes, carente de salvadores da pátria, o povo é carente de tudo, e ao votar está apenas buscando alguém confiável ou um “semideus” que traga as soluções para os seus problemas.

O maior erro, que um cidadão pode cometer é votar errado. Muitos sabem lamentar, mas não sabem votar, os erros eleitorais vão se avolumando, muitos são enganados pelas promessas e depois de receber a procuração dos eleitores, alguns políticos eleitos aplicam as desculpas e empregam as saídas clássicas: infelizmente nada podemos fazer, eu não imaginava que a situação estava nesse nível de desorganização e abandono, praticado pela administração passada.

É sempre muito fácil e cômodo enganar os eleitores, acreditando que a esperteza triunfará sempre. Não sabem a grande decepção e desapontamento que estão causando a toda à população, mas com certeza  serão levados como débito desta existência para a eternidade. Cada um nós ao nascermos recebemos a responsabilidade individual pelo nosso progresso ou falta dele. Alguns políticos só pensam em vencer as eleições a qualquer custo, trapaceando e mentindo, não entendem o que pensam e sentem os cidadãos de bem, são esse cidadãos que na época das eleições são chamados de eleitores, mas atrás de um título, existe uma pessoa  que leva a vida enfrentando as dificuldades de todas as espécies. 

Para o político a sua ascensão está focada em um único alvo: a vitória do pleito. Mas, para o cidadão só existe um caminho para evoluir na vida, é pelo trabalho, pois somente através do trabalho é que ele caminha para frente, o dinheiro que lhe da sustentação na vida vem da sua labuta diária, mesmo tendo que trabalhar desde criança, ou mesmo passando necessidades a vida toda, ele acredita que só trabalhando de forma justa e honesta é que justificaria a sua existência.

E quando os políticos fazem seus programas eleitorais e seus discursos, pensando que são ouvidos apenas pelo povo, se esquecendo de que suas as mentiras e verdades ecoam pelo Universo; pelo Mundo Espiritual e pelo Poder Divino, e junto com a vitória eleitoral, vem  o poder político, e com ele vem  todas as dores do mundo, e essa dores coletivas do povo farão parte da difícil  reflexão do ex-político no fim de sua vida, pois a dor da solidão dói mais que a dor física, e nessa reflexão o ex-político ficará a  pensar no que realmente fez de forma enganadora, mentirosa e desonesta, ao invés de usar a grande oportunidade dada por Deus para ser um benfeitor de uma coletividade.


O pior crime que se comete neste país, é o desvio de verbas públicas, qual seria a pena a ser aplicada?

Não deveria existir barganha de pecados, escolha de penas ou penas alternativa para crimes cometidos por roubo ao erário público.

Um ladrão que rouba a mão armada, rouba um patrimônio individual, e o ladrão do erário público, em mãos como arma, usa uma caneta com a qual pratica  roubo coletivo, pois ao roubar do povo, milhares de pessoas são roubadas, a cada ação ilegal praticada dentro de um órgão público, estão praticando pior covardia moral, pois  estão roubando as pessoas mais carentes e indefesas. Portanto a pena, deveria ser a proporcional a somatória de todas as penas.

Esse desvio de recurso público, não é um crime comum, esse roubo estará prejudicando milhares de pessoas carentes por saúde, por escola, por transporte, por moradia, é um roubo que prejudica população como um todo. Deveria ser equiparado ao crime hediondo, receber a pena máxima e a perda total do patrimônio até  se abater o valor equivalente ao desviado dos cofres públicos.

A pena mais cruel que se pode aplicar um ladrão político é o sequestro de todos os seus bens, o ladrão  prefere o castigo da dor física, do que devolver os bens materiais que roubou, pois a sua ideologia é acumular sempre.

Fica aqui a pergunta, qual seria a pena a ser aplicada?

1 – Pena de morte?
2 – Prisão Perpétua?
3 – Sequestros dos Bens?
4 – Ou receber penas alternativas ou o benefício da progressividade, para poder gastar o dinheiro público roubado?

O desvio de recursos públicos, é o pior dos crimes que se comete neste país, é tirar de quem não tem, além do dinheiro a oportunidade única que o cidadão  tem  para ser atendido  na rede pública, o último e por vezes único caminho que lhe resta, passando por humilhação da fila de espera, sofrendo deitado em macas nos corredores sujos e infectados dos Pronto Socorros,  ficar com uma perna quebrada e ter que esperar meses para receber um tratamento ou quem sabe um dia receber uma cirurgia é inaceitável nos dias de hoje.

Como é difícil ver as cenas de sofrimentos nos corredores dos Pronto Socorros da vida,  em comparação com as fisionomias dos ex-administradores  alegres e sorridentes, que nada fizeram pela saúde e retornam nos horários eleitorais  pedindo voto para o seu “chegado” ou aparecendo nos cartazes abraçados  pedindo voto para seu compromissado, mostrando o candidato dizendo:
   “Neste eu voto” ou “neste eu confio”, como se ele fosse o seu dono, seu mentor  ou orientador do seu voto.

Será que os políticos durante programa eleitoral recheados de mentiras e enganações, dizem que vão reformar o pronto socorro, dizem que vão construir um hospital de referência para a cidade, será que eles têm um mínimo de sensibilidade; sem escrúpulos e sem entender que pior que a dor física, vem a dor da indignação  por ver um cidadão estar ali deitado na maca, no chão, transformado em resto de um ser humano e morrendo a míngua, sem dignidade e desrespeitado por aqueles agentes públicos que na verdade são empregados do povo e que um dia receberam o seu voto.
 Um cidadão sem saúde tem duas dores: dor física e a dor do sentimento de impotência para protestar ou mandar prender aqueles que estão roubando as verbas públicas, essa é a pior dor, pois é a dor da indignação. 

Quando você entrar na cabine de votação no dia 07 de outubro, antes de votar, pense muito antes de digitar o número, e antes de apertar a tecla verde “confirme”, pare por um momento, olhe bem cara do político e veja o que ele tem de semelhança com a sua vida e ouça o seu coração nessa escolha, porque depois desse ato, seus dias poderão ser transformados em quatro longos anos de arrependimento.
Economista Wilson Carlos Fuá –  É  Especialista em Administração Financeira  e  Recursos Humanos
  Fale com o Autor: fuacba@hotmail.com        
 



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