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Opinião
Quinta - 13 de Setembro de 2012 às 18:41
Por: Wilson Carlos Fuá

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A estratégia de campanha eleitoral, se bem feita é um grande passo para alcançar o objetivo de uma vitória. O jogo político na verdade é uma guerra, é a luta pelo voto, por isso montar uma grande estratégia é fundamental: todas as ações devem ser planejadas; estudadas; pesquisadas e reformuladas semanalmente.

Fazer política para vencer, envolve contratações de profissionais qualificados para o comando das estratégias:
1- A importância dos Cabos Eleitorais, na verdade eles fazem parte de uma tropa de guerreiros e que é fundamental para as ações na linha de frente do candidato: está no sol e na chuva; com poucas horas para descanso; alimentando-se mal; seus deslocamentos devem ser planejados; são os colocadores de cartazes e distribuidores de “santinhos”; e no final ele tem que estar preparado para ter o poder de convencimento aos eleitores e no dia da eleição ainda tem a obrigação de votar no candidato que os contratou.

2- No caso da Equipe de Marketing Político, suas estratégias tendem a seduzir o maior número possível de eleitores em prol de um único objetivo: atingir a maior votação possível, mas para isso, o diretor de Marketing terá que desenvolver o seu poder de assimilação da realidade histórica, cultural e social da cidade onde ele se propôs a trabalhar, e partindo desse princípio ele promove a adaptação da imagem do candidato a realidade da cidade, e tentará impor uma imagem de um personagem chamada de candidato, que represente tudo aquilo que o cidadão eleitor espera daquele ser político com competência e honestidade para melhor gerir o destino da cidade por longos 04 anos.

O candidato, é preparado com técnicas especiais, ao apresentar-se bem no vestir e no falar, para conquistar o eleitorado no dia-a-dia; nas reuniões terá que maximizar todos os pontos do programa e minimizar o pouco tempo que o candidato dispõe; o candidato tem que estar preparado para ter o poder de convencimento sobre as pessoas no sentido de mudar de opinião e ter a artimanha para tirar os votos dos concorrentes com argumentos persuasivos; é importante que todas as agendas sejam cumpridas, por isso, o planejamento das participações devem ter a maior sintonia entre local e horário ( os eleitores que estão esperando pela reunião não aceitam substituto); as reuniões “téte-a-téte” com os eleitores é de uma grande importância para o candidato e sua equipe, pois é através desses encontros que se conhece o mundo verdadeiro do eleitor, é ali que se pode ouvir as demandas do local, trazendo para equipe de estratégia as informações precisas sobre as ações para anular as atitudes dos concorrentes e atingir a maior quantidade de votos a seu favor nesse local.

O maior erro de um candidato, é contratar um marqueteiro que não tem boa experiência, fatalmente o levará a perder dinheiro e tempo e trocá-lo no meio da campanha e aquele que vem substituí-lo terá um novo recomeço.

Não existe perspectiva de vitória se não houver planejamento de estratégia e se a equipe não for verdadeiramente profissional, se todo o corpo de ação não tiver uma visão periférica para acompanhar o “urro” que vem do fundo do sentimento do eleitorado, o que dá ferramentas de ações ao comando de um marketing político eficiente e eficaz, porque senão tudo vai por água abaixo.
É o conselho que sabe das verdades de uma campanha:

1 – Sabe que os recursos financeiros em abundância não significa que o candidato já é vencedor por antecipação;
2 – Sabe, que estar em primeiro lugar nas pesquisas no mês de agosto, não significa que chegará ao final de setembro como vencedor;
3 – Sabe que historicamente muitos candidatos tido com vencedores por antecipação, foram derrotados por uma pequena mancha no seu passado;
4 – Sabe que no passado fazia parte da campanha formar equipe para buscar os deslizes do passado dos candidatos, e que era chamado de “Comitê da Maldade”, mas hoje depois da Lei da Ficha Limpa, as denúncias sobre o “passado sujo” dos candidatos passaram a ser uma forma de obrigação dos Partidos a instalar o “Comitê da Bondade” para abastecer as Equipes de Marketing com denuncias verdadeiras que podem ser aplicadas publicamente durante a campanha e nos debates.

Conta-se uma história que um candidato a vereador no século passado, comprava todos os votos dos cabos eleitorais, ou seja, garantia as reeleições, sempre contratando os cabos eleitorais no último mês antes das eleições e pagava metade do salário antes da eleição e outra metade depois da apuração do resultado, e ficava com a cópia do título do cabo eleitoral, para conferir se na seção dele apareceu pelo menos um voto, caso contrário, não pagava a outra metade, e com isso, comprometia a igualdade de oportunidades entre os candidatos e a normalidade das eleições, “voto de cabresto”.

A compra de votos continua cada vez mais sofisticada, mesmo que de eleição para eleição, se promove uma melhoria nas leis, decretos, portarias e instruções normativas para desenvolver as investigações, oferecendo ferramentas legais para a justiça tentar anular a influência do poder econômico nas eleições.Nas prestações de contas são apresentados apenas os custos formais, mais todos sabemos que os informais existem também, e é crime, mas nunca alguém viu um candidato preso e cumprindo pena por crime eleitoral.

A maior despesa de uma campanha para eleger um vereador vem das despesas com cabos eleitorais, porque é difícil de desenvolver investigações pontuais durante a campanha. O custo com os Cabos Eleitorais vão crescendo de acordo com a aproximação do pleito. Na última semana, o valor de um Cabo Eleitoral varia de R$ 650,00 a R$ 1.000,00.

Para um vereador que deseja vencer as eleições deve considerar o custo das despesas com cabos eleitorais algo que aproxima de 30% do custo de campanha, porque nesse item a Lei Eleitoral não limita a quantidade para a contratação dos mesmos.

Infelizmente a Legislação Eleitoral ainda é falha, por isso, cabe ao povo corrigi-la ao decidir pela melhor escolha e por um candidato que honre o seu voto.



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