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Opinião
Segunda - 18 de Fevereiro de 2013 às 20:52
Por: Eduardo Póvoas

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Mangueira, teu cenário continua sendo uma beleza, porém precisas, quando homenagem for fazer a alguém, ou a alguma cidade, conhecer profundamente seu povo, sua cultura, seu modo de vida, seus ícones e, principalmente, a história do lugar.


Tornando isso prioridade, faria com que compositores renomados como Lequinho, Jr. Fionda, Igor Leal e Paulinho Carvalho, pessoas que talvez nunca tenham pisado nesta terra, ou se afirmativo, não mais que uma vez, não cometessem enormes gafes ao cantar em versos e prosas um enredo homenageando Cuiabá.


O que poderia fazer estes quatro compositores, mesmo com a bagagem que têm, desenvolvendo sobre um tema que pouco sabiam? Ou alguém ousa dizer que esses rapazes por aqui estiveram a pesquisar antes de escrever?


Por acaso algum deles sabe da existência de uma viola de cocho, de um arroz com piquí, de um doce de caju, de um Jejé, ou de grandes carnavais que por aqui existia? Agora, Cuiabá que tem que pagar essa conta?


De duas uma. Alguém errou - e prefiro jogar a responsabilidade em quem compôs. Como compor um tema para uma mega festa sem que tenha conhecimento muito bom sobre o assunto, no caso a cidade. Esses senhores quando por aqui estiveram e fecharam com a prefeitura, deveriam solicitar dela alguém da área da cultura e do turismo para que lhe fornecessem dados que os levariam a escrever e falar menos bobagem.


Não tenho informações se isto foi oferecido ao presidente da escola de samba. Se foi e ele não aceitou, cometeu um enorme equivoco, falar de algo com pouco conhecimento. Se não lhe foi oferecido, falha indesculpável da Secretaria de Turismo da nossa cidade, que poderia, com muita propriedade, ajudá-los a falar coisas mais pertinentes.


Se a Prefeitura de Cuiabá não percebeu a época que a falta de conhecimento desses cidadãos sobre o tema poderia dar no que deu, houve, no mínimo, descuido imperdoável.


Cada minuto no Jornal Nacional custa um dinheirão. Portanto, para falar quase uma hora e meia sobre Cuiabá desde que de maneira correta, até que foi um investimento razoável. Agora, uma hora e meia dando motivos a uma “belezura”, para dizer que investir no tema “Cuiabá” foi um horror, é coisa de deixar qualquer cuiabano “chapado”.


Se alguém perdeu, foi a Mangueira. Aqueles que conhecem Cuiabá sabem que opiniões desse tipo vêm de quem faz questão de ter um carro com placa do Rio ou de São Paulo, mesmo que emplacado no Jacarezinho ou na Vila Curuçá.


Cuiabá ficou séculos como pedra, nunca chegou a ser estilingue, desde que escolhida foi para ser uma das subsedes da copa, passou a ser vidraça. Tem incomodado gente graúda do cenário nacional e alguns cuiabanos que até hoje vivem inconformados com a escolha, achando que essa grana investida em VLT, viadutos, pontes etc., poderia ser aproveitada em escolas ou hospitais. Paciência...


EDUARDO PÓVOAS é odontólogo pós-graduado pela UFRJ


 



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