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Opinião
Segunda - 25 de Fevereiro de 2013 às 20:35
Por: Licio Antonio Malheiros

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Apesar da expectativa de vida no Brasil ter aumentado para 73 anos, são 25 anos a mais do que na década de 60. Paradoxalmente, a mortalidade juvenil, coloca o Brasil hoje na 3ª posição mundial; com 39,2 jovens brancos e, 68,4 jovens negros e pardos a cada 100 mil, são mortos em todas as regiões brasileiras.

 A mortalidade juvenil no Brasil chega a assustar, em função de uma série de vertentes, entre as quais, uma acaba projetando nosso país, a índices alarmantes no tocante a mortalidade juvenil, isto se deve, a violência exacerbada praticada contra jovens. Colocando-nos, na 6ª posição mundial, em um ranking indesejável, em se tratando, de número de jovens assassinados.

 Os dados são frios e realistas; enquanto a taxa de mortes na população brasileira diminuiu nas últimas três décadas, a mortalidade na faixa etária de 15 a 29 anos aumentou substancialmente.
 Existem no Brasil quase 48 milhões de jovens de 15 a 29 anos, segundo dados fornecidos pela secretaria especial de juventude do país, este número corresponde a 28,2% da população total, dos quais 56% pertencem às classes sociais D e E, destes 64,9% se declaram pardos e negros.
Estes dados nos remetem a uma triste realidade, que aflige um grande número de jovens em nosso país, e o que é pior, recai em maior escala, aos expropriados do capital. Destes, grande número se intitulam pardos e negros e, em sua maioria com um baixo grau de escolaridade.

 Esta, maior vulnerabilidade desses jovens principalmente os que residem em favelas; tendo, como fator gerador dessas mortes, o uso e tráfico de drogas.
Outro dado importante, com relação à mortalidade juvenil, é que a parcela que mais sofre homicídio são os jovens do sexo masculino, negros, pardos e das classes sociais mais baixas, marcados principalmente, pelo preconceito, tanto institucional, quanto social.
 As mulheres por sua vez na mesma classe social são vítimas, de agressões sexuais, além de menor inserção no mercado de trabalho, como também agressão física, geralmente praticada por alguém da própria família.

No frigir dos ovos, em se tratando de mortes de jovens no Brasil, existe uma inter-relação entre fatores, pois além dos citados acima; é comum e corriqueiro, homicídios, acidentes de transito e suicídio, juntos, esses três fatores são responsáveis por 62% das mortes dos jovens.
 Agora, para justificar esse grande índice de mortalidade juvenil, não a nível estatístico, por se tratar de um caso isolado; mais que por certo, será contabilizado, o grande número de jovens mortos, no incêndio ocorrido recentemente na boate Kiss, tendo sido ceifada até o momento, a vida de 237 jovens.
 Pare o mundo, quero descer.

 



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