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Quinta - 08 de Janeiro de 2015 às 12:26
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Divulgação/PRF-MT
Em 2014 a PRF contabilizou quase 4,5 mil acidentes nas rodovias federais em MT.
Em 2014 a PRF contabilizou quase 4,5 mil acidentes nas rodovias federais em MT.

Duzentas e oitenta pessoas perderam a vida por conta de acidentes nas rodovias em Mato Grosso no ano de 2014. De acordo com um balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no ano passado a instituição registrou 4.428 acidentes nas cinco rodovias que cortam o estado: BR-070, BR-158, BR-163, BR-174 e BR-364.

Se comparado a 2013, os casos de acidentes e mortes nas ocorrências tiveram uma redução, mesmo que ainda considerada pequena: 4.552 acidentes (-2,73%) e 297 mortes (-5,73%). Para o superintendente da PRF em Mato Grosso, Arthur Nogueira, é preciso considerar o aumento de quase 8,6% na frota de veículos no estado.

“Isso impacta diretamente em nós. A rodovia não acompanha esse total de aumento de veículos, é uma série de fatores. Estamos falando de 12 acidentes por dia. Se consideramos os 4,1 mil km de rodovia, [sendo] que a grande maioria só de pista simples e os veículos se cruzam constantemente”, disse o superintendente aoG1.

Conforme a PRF, além da infraestrutura das rodovias não seguir o aumento de veículos em circulação, o grande problema nessa quantia de acidentes seria explicado pelo próprio comportamento do motorista na estrada, ainda considerado imprudente pelos policiais.

“Nossa preocupação é fazer com que esses acidentes tenham um impacto menor, que é não causar feridos graves e nem tantos mortos. Fazer com que o impacto seja reduzido é primeiramente a utilização do cinto de segurança por parte dos ocupantes. Temos diversas mortes em que os passageiros insistem em ficar sem o cinto e o condutor não obriga. Eles são arremessados ou esmagados no veículo. Hoje o cidadão tem preocupação em ter segurança na sua residência mas quando sai com o veículo não tem essa mesma preocupação”, comentou Arthur Nogueira.

Pelos dados da PRF, 115 (41%) mortes desses acidentes foram provocadas por colisão frontal, que diretamente tem ligação com ultrapassagem proibida ou forçada. Outras 62 (22%) mortes foram por 'saída de pista', 'tombamento' ou 'capotamento', sendo que esses fatores são explicados por excesso de velocidade.

Acidente matou motociclista na BR-163, perto da cidade de Rondonópolis, sul de MT. (Foto: Wesley Mendonça/TVCA Rondonópolis)Acidente matou motociclista na BR-163, perto da cidade de Rondonópolis.(Foto: Wesley Mendonça/TVCA Rondonópolis)

"Algumas pessoas não fazem planejamento da viagem ou não conhecem os trechos. Existe a falta de experiência na ultrapassagem, [por] não conhecer o próprio veículo, ou o porte do motor. O outro [fator] é que os motoristas não praticam a direção defensiva e nem a velocidade reduzida enquanto alguém faz uma ultrapassagem. Todos aceleram. É uma batalha da lei do maior", pontuou Nogueira.

Das mortes de todos os acidentes, 54 dessas vítimas eram motociclistas, o que corresponde a 19% do total. Segundo a PRF, houve um aumento de 15% no número de acidentes com moto e 4% no número de mortos em comparação a 2013.

“Geralmente os acidentes com moto são próximos aos municípios que margeiam as BRs. [São vítimas de] 20 a 30 anos onde andariam sem capacete ou cometem infrações com motos que não são feitas para rodarem em rodovias federais. Outro problema é com as carretas. O condutor [da carreta] tem pontos cegos e dependendo de onde o motociclista está ele não vai enxergar. As motos desses acidentes foram feitas para a cidade, para entregas ou pequenos deslocamentos”, finalizou.





Fonte: Do G1

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