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Política
Quinta - 29 de Agosto de 2013 às 13:27

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Após manobra do presidente da Câmara dos Vereadores de Cuiabá, João Emanuel (PSD), o plenário da casa arquivou um pedido de afastamento e cassação contra ele. Alegando que o motivo do pedido de afastamento, apresentado pelo líder do Executivo, Leonardo de Oliveira (PTB), era baseado por quebra de decoro, o pessedista fez com que os vereadores votassem a abertura de um processo de cassação, punição prevista para estes casos.

Por conta disso, nem mesmo os 16 vereadores que assinaram o pedido de afastamento foram capazes de votar a cassação de Emanuel e o procedimento foi arquivado. “Vocês não me cassaram e eu continuo presidente”.

A sessão foi marcada por muito tumulto e terminou desta forma. Além dos 2 pedidos, Emanuel colocou em votação a instalação das CPIs que podem investigar a atuação dele na Câmara e em cargos ocupados por ele no Executivo.

Após uma série de trocas de acusações e ataques entre defensores de Emanuel e a base governista, o pessedista afirmou que irá abrir processo disciplinar contra todos que atacaram a moral dele.

Emanuel afirma que o pedido de afastamento contra ele é uma tentativa do prefeito Mauro Mendes (PSB) em impedir a investigação de atos do Executivo. “O vereador tem o dever de fiscalizar e disso não abrimos mão. [Eles} estão com medo da investigação. Esta é uma tentativa espúria de tirar o presidente para tapar a sujeira que está lá no 7º andar do Palácio Alencastro”.

Bastante exaltado, o presidente da Câmara garante não ter medo dos atos da base governista. “Aqui tem poder”. Antes, lembra que é a primeira vez que a presidência está na oposição, que ocorre a abertura de uma CPI para investigar atos do Executivo. “A resposta da base vem com força, para demonstrar que está com outros interesses que não o de defender os interesses do povo”.

Emanuel teve o afastamento pedido pelo líder do governo na Câmara dos Vereadores, Leonardo Oliveira (PTB). O parlamentar apresentou requerimento exigindo a saída imediata do presidente da Casa. O documento contava com assinaturas de 16 dos 25 vereadores.

Oliveira acusava Emanuel de quebra de decoro parlamentar e prevaricação, com base nos artigos 27 e 34 do regimento interno. “Ele instaurou, de forma completamente ilegal, a CPI dos Maquinários, sem aprovar a resolução em plenário e tampouco respeitando a composição partidária da Casa”.

O líder de Mauro Mendes solicitou regime de urgência na votação do requerimento, que deverá ser votado antes de se discutir o afastamento de Emanuel. Caso se confirme, o vice-presidente, Onofre Júnior (PSB), assume o comando da Câmara e uma nova eleição deverá ser convocada em 15 dias.

Sobre a prevaricação, o petebista pontua que Emanuel em tese teria cometido o crime quando não instalou a CPI para apurar a atuação da CAB Cuiabá, proposta há 3 meses pelo vereador Domingos Sávio (PMDB), que continha as assinaturas necessárias e foi votada em plenário.

Assinam o pedido de afastamento imediato de Emanuel os vereadores Adevair Cabral (PDT), Adislon da Levante (PSB), Chico 2000 (PR), Faissal (PSB), Dilemário Alencar (PTB), Mário Nadaf (PV), Lueci Ramos (PSDB), Wilson Kero Kero (PRP), Orivaldo da Farmácia (PRP), Renivaldo Nascimento (PDT), Derlei Primo (PT do B) e Luiz Henrique (PRTB), Júlio Pinheiro (PTB), Domingos Sávio (PMDB) e Haroldo Kuzai (PMDB).
 





Fonte: A Gazeta

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