Gastos foram superiores ao necessário

Gastos superiores ao necessário foram constatados pelo governador Pedro Taques (PDT) em relação à segurança pública do Estado, em visita ao órgão na manhã desta terça-feira (06). Ele enfatizou que diversos decretos estão sendo editados para tirar o Estado do ‘vermelho’.

Em visita à Secretaria de Segurança Pública (Sesp-MT), Taques disse que cada caso no gabinete será avaliado para estimar a permanência dos concursos ou não. Recentemente, o governador suspendeu todos os editais num prazo de 120 dias.

“Nós editamos o decreto para cortar gastos e faremos isso. Mas daí existem algumas exceções, dentre elas a área de segurança. Nós analisaremos cada caso, o secretário vai justificar a necessidade e um comitê vai analisar caso a caso se este concurso continuará ou não. Mato Grosso não vai bem no aspecto financeiro. Nós precisamos cortar gastos e combater a corrupção para que possa sobrar recursos para as áreas prioritárias”.

O governador reforçou sobre a ‘herança’ deixada pelo ex-gestor, Silval Barbosa (PMDB), em relação aos gastos exacerbados nos últimos anos e que decretos foram alterados para aliviar as contas do Estado.

“O Estado de Mato Grosso gastou mais do que podia. Admitiu mais pessoas do que podia. Nós já superamos o limite previdencial da lei de responsabilidade fiscal. Nós editamos vários decretos, e isto é uma atribuição do governador do Estado. Não é um desrespeito ou uma violação da Assembleia Legislativa. Alias, a maioria dos governadores que tomaram posse agora tem disso. Nós determinamos a aplicação da lei da ficha limpa aos servidores públicos que são comissionados”.

Embora fossem constatadas inúmeras possíveis irregularidades constatadas durante o governo de Barbosa, Taques se isentou em dizer que houve ‘farra’ com o dinheiro público. “Isso que vai decidir é o Ministério Público junto com o poder judiciário. Agora, que gastaram muito, gastaram. E nós estamos vendo isso no resultado da pasta da Secretaria de Fazenda. Mas não me cabe fazer este julgamento agora, que eu não faço pré-julgamentos. Agora, que houve gastos desnecessários, isso sim”.