Socialite é presa após rival sofrer atentado no AM Ela fugiu para os EUA no dia em que homem atirou contra uma universitária. Prisão preventiva foi decretada no dia 18 de dezembro do ano passado.
Marcelaine Schumann deixa IML após realizar exame de corpo de delito (Foto: Jamile Alves/G1 AM)
A socialite Marcelaine Santos Schumann, suspeita de ser a mandante da tentativa de homicídio da universitária Denise Silva em novembro, chegou a Manaus nesta segunda (5) e foi presa pela Polícia Federal. Ela desembarcou no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, de um voo direto de Miami, nos Estados Unidos.
A suspeita foi encaminhada para a realização de exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal (IML), Zona Norte da capital, de onde foi encaminhada, por volta das 14h, para uma unidade prisional. A Polícia Federal não informou para qual cadeia Marcelaine foi levada.
Marcelaine é suspeita de encomendar o crime por desconfiar que Denise mantinha um caso com um homem considerado o amante da socialite. Ela fugiu para o exterior no dia do crime, segundo a polícia. A universitária sobreviveu ao atentado.
Marcelaine desembarcou no aeroporto da capital às 12h21 (horário do Amazonas) em um voo da TAM Linhas Aéreas. Passageiros relataram ao G1 que o comandante solicitou que todos permanecessem sentados para um procedimento especial. Em seguida, a socialite foi retirada da aeronave. Ela estava acompanha por dois homens.
Socialite deve ser encaminhada para uma cadeia na capital (Foto: Jamile Alves/G1 AM)
A TAM informou, por meio de nota, que "colaborou com as autoridades e órgãos competentes colocando à disposição todas as informações necessárias".
Marcelaine é a quinta pessoa presa suspeita de envolvimento no crime. A prisão preventiva da socialite foi decretada no dia 18 de dezembro do ano passado.
Em dezembro do ano passado, o titular da delegacia, Paulo Martins, afirmou que a suspeita logo voltaria para o Brasil, já que o visto de turista para os Estados Unidos venceria em breve.
Socialite foi presa após desembarcar em Manaus (Foto: Jamile Alves/G1 AM)
A defesa de Marcelaine entrou com pedido de habeas corpus. No entanto, em dezembro do ano passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) não aceitou o pedido de revogação da prisão preventiva da suspeita.
Com a decisão do STJ, a defesa deve aguardar parecer do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que já decidiu avaliar o caso somente após o fim do recesso forense, previsto para o dia 6 de janeiro, um dia após a volta da socialite.
Marcelaine Schumann desembarcou no aeroporto de Manaus nesta segunda (Foto: Jamile Alves/G1 AM)
Além dela, três pessoas foram presas em dezembro do ano passado. De acordo com a Polícia Civil, Rafael Leal do dos Santos, de 25 anos, conhecido como "Salsicha", foi quem atirou contra a universitária. O homem afirmou que recebeu R$ 3.500 para realizar o crime. Ele foi preso no município de Anori, a 234 km de Manaus, onde estava abrigado na casa do avô.
Segundo a Polícia Civil, após ser preso, Rafael confessou a tentativa de homicídio e apontado a participação de outras três pessoas no crime: Charles "Mac Donald" Lopes Castelo Branco, de 27 anos, suspeito de negociar o assassinato com a mandante, e Karen Arevalo Marques, de 22 anos, que intermediou o aluguel da arma usada no crime. Ela e Charles foram presos na Rua Miratinga, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.
Após investigações, a Polícia Civil concluiu, por meio das câmeras de segurança do local, que Rafael visitou o local diversas vezes antes de cometer o crime. Ele disparou três vezes contra Denise. Dois tiros atingiram a universitária.
Marcelaine (direita) é suspeita de encomendar morte de Denise (esquerda) (Foto: Arquivo Pessoal)
Mandante
Denise foi baleada na manhã do dia 12 de Novembro deste ano no estacionamento de uma academia localizada na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Manaus.
Conforme a delegada Geórgia Gomes, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros, a socialite premeditou o crime. As duas mulheres seriam casadas e há suspeita de que elas seriam amantes de um mesmo homem. "Não está nada comprovado, até porque a Denise disse que não tinha nenhum envolvimento com o suposto namorado da mandante", afirmou Geórgia Gomes.
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