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Segunda - 29 de Dezembro de 2014 às 21:52
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Jéssica Moreira/ G1)
O deputado federal eleito Ezequiel Fonseca (PP).
O deputado federal eleito Ezequiel Fonseca (PP).

O deputado federal eleito por Mato Grosso Ezequiel Fonseca (PP) deverá focar seu mandato de estreia na Câmara, em Brasília, na educação. Referendado por 90.888 votos, Fonseca é professor de matemática e, antes mesmo de iniciar o mandato, já assumiu como meta ocupar uma cadeira na Comissão de Educação da Câmara, que avalia os projetos dedicados ao setor.

O G1 entrevistou entre novembro e dezembro todos os oito deputados federais eleitos por Mato Grosso para a Câmara Federal com o intuito de apresentar os parlamentares e suas principais linhas de atuação a partir de 2015. Além de Ezequiel Fonseca, devem ser publicadas reportagens sobre os deputados Adilton Sachetti (PSB), Carlos Bezerra (PMDB), Fábio Garcia (PSB), Nilson Leitão (PSDB), Ságuas Moraes (PT), Valtenir Pereira(PSB) e Victório Galli (PSC).

Deputado Ezequiel Fonseca (Foto: Arte/G1)

Atualmente exercendo o cargo de deputado estadual na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Fonseca afirma que possui experiência para contribuir como parlamentar no ramo da educação não só pela atuação como professor (que desempenhou antes do início da vida pública), mas também pelo trabalho que exerceu como secretário-adjunto na Secretaria de estado de Educação (Seduc).

O parlamentar defende seu nome como membro da Comissão de Educação para colocar em pauta um tema que já prevê ser polêmico: a revisão do sistema de escola ciclada. Segundo ele, embora o sistema em ciclos seja defendido por uma ampla variedade de especialistas, os resultados obtidos até agora em Mato Grosso e no país geram descontentamento para pais e professores, conforme pesquisas as quais ele afirma ter tido acesso como parlamentar.

“Eu quero é abrir esse debate porque não concordo com este modelo. E, se ele não está dando certo, por que não voltarmos ao modelo de escola seriada? Na escola ciclada o aluno não tem nota, é avaliado por relatório, ele não reprova, só passa de ano. É um negócio meio solto, meio largado, que tira a autonomia do professor e a responsabilidade do aluno. Nossos alunos hoje não sabem tabuada, não sabem escrever”, critica.

Também na Comissão de Educação, o deputado pretende articular a aprovação de projetos que promovam a fixação do homem no campo por meio do fortalecimento do transporte escolar para áreas rurais, bem como a correção da defasagem salarial de professores e a instituição do ensino em tempo integral.

Conheça o deputado
Ezequiel Fonseca é paulista de Santa Albertina, cidade onde chegou a trabalhar como balconista de farmácia, e reside em Mato Grosso desde 1985, quando mudou-se com a esposa para Reserva do Cabaçal, município a 412 km de Cuiabá.

Atuando como professor na rede pública de ensino, trabalhou também pela emancipação de Reserva do Cabaçal e logo candidatou-se a vereador pela primeira vez pelo PMDB em 1988 e foi o mais votado para a Câmara Municipal da cidade. Após o mandato no Poder Legislativo, candidatou-se a prefeito pelo PTB, cargo que ocupou e para o qual acabou sendo reeleito pelo PSDB. Como prefeito, também exerceu a presidência da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e, posteriormente, tornou-se secretário-adjunto da Seduc durante o governo de Blairo Maggi (PR), governador que ajudou a reeleger em Mato Grosso. Em 2010, Fonseca concorreu pelo PP e foi eleito para uma vaga na ALMT, mandato que se encerra este ano.

Após filiar-se a quatro partidos, Fonseca considera que, no Brasil, atualmente as siglas já não carregam mais ideologias. As trajetórias dos políticos, argumenta, depende mais das afinidades de cada um com as lideranças locais. Em seu caso, diz o parlamentar, as mudanças de agremiação política aconteceram naturalmente por influência de seus padrinhos políticos em cada época, como o ex-deputado federal Pedro Henry (que atualmente cumpre pena por ter sido condenado no processo do Mensalão), o ex-governador Dante de Oliveira e o atual deputado federal Carlos Bezerra (PMDB).





Fonte: Do G1

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