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Política
Quinta - 29 de Agosto de 2013 às 23:48

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Os vereadores que compõem a base aliada do prefeito Mauro Mendes (PSB), e aprovaram o afastamento do presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel (PSD), negam interferência do prefeito no caso.

O presidente da Câmara foi afastado do cargo em sessão polêmica, realizada no início da tarde desta quinta-feira (29), e não há consenso se ela teve ou não validade. Ele acusou os "colegas" de tentaram de lhe dar um golpe cumprindo ordens de Mendes.

“Não tivemos nenhum tipo de contato com o prefeito ou o Poder Executivo, e afastamos o presidente porque estamos cansados dessa situação de ele sempre passar por cima do regimento interno da Câmara. É um pedido de 16 vereadores, e não do prefeito”, afirmou o líder da bancada governista, Leonardo de Oliveira (PTB), durante coletiva de imprensa no final da tarde.
 

 

"Não tivemos nenhum tipo de contato com o prefeito ou o Poder Executivo, e afastamos o presidente porque estamos cansados"
 
Questionados sobre a presença do marqueteiro da campanha de Mendes e mais novo membro do partido do prefeito, Antero Paes de Barros, e do coordenador jurídica da mesma campanha, José Antônio Rosa, na sessão que afastou João Emanuel, os parlamentares da base desconversaram.

“O doutor José Rosa é advogado de alguns vereadores. Ele não é somente o assessor jurídico da campanha do prefeito”, disse Chico 2000.

Apesar de a sessão ter sido realizada no escuro, sem transmissão pela TV Câmara, e sem a presença de taquígrafos para registrar o ato, os vereadores da base dizem que ela teve validade, e que o novo presidente da Câmara é Onofre Junior (PSB), aliado de João Emanuel.

Se ele se recusar a assumir, os parlamentares darão posse ao segundo vice-presidente, Haroldo Kuzai (PMDB), que pertence à base governista.

“Quando pedimos o afastamento do presidente, ele criou um tumulto para se defender, colocou em votação a própria cassação, algo que não pedimos, e depois encerrou a sessão repentinamente, sem transcorrer todas as etapas devidas. Por isso, com base no regimento interno, fomos obrigados a reabrir a sessão e votamos o requerimento corretamente, e aprovamos o afastamento provisório de João Emanuel da presidência. A imprensa foi testemunha dessa sessão. Algumas TVs até gravaram. Então ela foi registrada”, afirmou Chico 2000.

Investigações

O vereador negou qualquer tentativa de golpe no Poder Legislativo, bem como a ligação entre o afastamento de João Emanuel e o fato de ele ter instalado a CPI dos Maquinários, para investigar uma licitação da gestão de Mauro Mendes.

“Não queremos destituir a Mesa Diretora, e se eles acham que têm que continuar com a CPI, que continue. Mas queremos participar dela, conforme prevê o regimento. João Emanuel criou a CPI com os membros, prazos e objeto que ele quis, sem submeter ao plenário”, completou.

De acordo com o requerimento aprovado na polêmica sessão, Emanuel foi afastado do cargo por 15 dias por descumprir diversas normas internas da Câmara, como não respeitar a proporção dos partidos na formação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), além de não instalar quatro CPIs aprovadas pelos vereadores.

Ao final desse período, ele tem que apresentar sua defesa, que será julgada em plenário. Na ocasião, os vereadores da base pretendem decidir se ele será afastado em definitivo ou volta para a presidência.

Eles aprovaram, ainda, a criação de uma Comissão Processante para investigar o presidente, que é presidida por Júlio Pinheiro (PTB), relatada por Faissal Calil (PSB) e tem Wilson Kero Kero (PRP) como membro. Pinheiro informou que a comissão iniciará os trabalhos já na sexta-feira (30).

 






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