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Cidades
Segunda - 15 de Dezembro de 2014 às 15:30
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Pesquisa de preços e substituição um produto por outro podem reduzir os custos com a ceia de Natal em até 30%. E mesmo que se opte por um item em detrimento do outro, a qualidade não é comprometida e também é possível manter uma boa apresentação da mesa. Para mostrar isso aos consumidores a reportagem de A Gazeta convidou um economista e uma nutricionista para ir às compras no supermercado e ensinar como preparar a ceia natalina gastando pouco e o melhor, sem perder a qualidade que a ocasião pede.

O economista Edisantos Amorim dá exemplos de variações de preços quando o assunto é a marca do produto. Ele diz que o uso de produtos consolidados no mercado pode deixar a lista de compras mais cara, podendo ser barateada através da substituição por outras marcas, que têm a mesma qualidade. “É preciso estar alerta. Às vezes acreditamos que por comprar determinada marca mais cara estamos levando o melhor. Mas nem sempre é assim. Uma lata de milho verde que da marca “x”, por exemplo, custa R$ 3,25, baixando para R$ 2,09 na outra marca”.

A aposentada Neide Alves da Costa, 67, reclama indignada dos preços. “Acho que os itens para ceia natalina estão muito caros, um absurdo, e olha que ainda está longe do dia 24”, desabafa aposentada.

Amorim esclarece que a tendência, devido ao aumento na demanda, é realmente aumentar o valor de determinados alimentos. “Nestes casos o que ameniza na hora de pagar é comprar os produtos não perecíveis com antecedência e estocar”. E alerta “Não deixe para comprar na vésperas. Tudo custa quase o dobro”.

Para aliviar o bolso o economista sugere a substituição de alimentos que podem combinar com a data. As tradicionais frutas cristalizadas podem ser substituídas pelas naturais. “Até por uma questão de saúde nada, melhor que um alimento fresco”, orienta. “Mas como mudar o prato principal da ceia? O peru, que geralmente está bem caro nesta época do ano”. A pergunta é da professora aposentada Enyanim Almeida , 64. Para responder, o promotor de vendas do frigorífico Willian Almeida, 23, ensina a diferença entre os mais pedidos para a ocasião que são o chester, tender e o peru.

De acordo com ele, o chester nada mais é que um frango grande. O tender é a carne suína defumada e o peru já conhecido por muitos, uma ave como o chester só que pode pesar até 19 kg. “O peru de maneira geral é aquele que tem o preço mais alto entre os 3. Mas pode ser trocado por um dos 2 acima sugeridos. Porém, ele pode ficar mais barato dependendo do peso ”, explica o promotor.

O engenheiro Acelino Capistrano, 57, confessa que deixa tudo para última hora. Não costuma comparar os preços entre os produtos e compra com a pressa de quem sempre está atrasado. “Não vejo nada com calma. A única coisa para economizar que faço é ir no supermercado que acredito que seja o mais em conta de Cuiabá. De resto, só rezo para que a inflação esteja controlada”, comenta entre risos. “Depois do que vivi alguns anos atrás, que toda hora os preços tinham novas etiquetas me sinto no céu, mesmo com o custo de algumas coisas ainda estar um pouco elevado”.

O economista aconselha que para fazer compras e poupar é preciso ter tempo, paciência e calma. “Não se pode querer economizar sem planejamento, dedicação e pesquisa de preços”. A dona de casa Maria Josefa da Silva Costa Correia, 65, que prepara fielmente todo ano a ceia para sua família dá uma dica, e revela que o “segredo” dela para economizar é antigo, bem simples e não nunca falhou. “É só fazer uma lista, bem feitinha com todos os pratos que vai fazer, tudo que precisa comprar. No dia a dia que for ao supermercado comprar as coisas que vão faltando já dá uma observada nos preços. Quando chegar a data certa para as compras da festa você já está preparada, não leva susto e fica feliz com o resultado”, recomenda.

Edisantos propõe exatamente isso. A lista é fundamental para uma boa economia, ela inclusive ajuda na hora de comparar os preços. “Se possível é muito bom fazer isso todas as vez que for abastecer sua dispensa. Além de ajudar a não esquecer os itens, ela também ajuda a evitar a comprar de coisas que não está precisando, produtos em excesso que não são consumidos e acabam se perdendo. Comprando menos o gasto é menor”, afirma.

Exigente a farmacêutica Claudia Cristina Leite Duarte, 34 relata que não pesquisa preços, mas preza pela qualidade. Amorin passou algumas orientações para que ela consiga unir qualidade, sabor e economia. “Hoje se costuma fazer para a sobremesa o conhecido mousse de maracujá que está custando R$ 7,48 kg. Para manter o saboroso doce e pesar menos na hora de pagar, que tal substituir o maracujá pela manga? Ela também é muito apreciada e está na estação. Esta é uma ideia barata, nutritiva e que tem qualidade” recomenda Amorim. Aproveitar as frutas da estão na safra é sempre uma boa pedida, indica economista.

Falando em nutrição, Marlete Giroldo, nutricionista, concorda que os valores para este jantar único e marcante do ano às vezes acaba se tornando um pouco salgado para o bolso. “Realmente, uma ceia com receitas tradicionais onera muito o orçamento familiar, soma-se ainda as bebidas e os presentes” comenta. Ela propõe: “Acredito que um bom cardápio que agrada a família deve ter ingredientes que todos gostem com um toque especial da receita. A sobremesa pode ser mais caprichada ou se preferir investir no bacalhau ou peru e gastar menos nas entradas e acompanhamentos”. Edisantos Amorim avalia que seguindo essas regras é possível economizar até 30% as compras com a ceia de Natal.





Fonte: A Gazeta

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