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Polícia
Quarta - 10 de Dezembro de 2014 às 18:34
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O RegionalMT

Depois de um longo e tenebroso inverno, eis que surge no horizonte uma possível sensação de segurança para a comunidade de Arenápolis, em face da presença do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) no município. Durante toda a última segunda-feira (8), inúmeras pessoas foram ouvidas nas dependências do complexo presidiário do município, pelo gerente de Combate ao Crime Organizado, delegado Flávio Henrique Stringueta, acerca de vários crimes ocorridos no município durante os últimos dois anos.

Por questão de ética e sigilo policial, a reportagem do O RegionalMT abstém de divulgar os nomes dos ouvidos para não atrapalhar as investigações.

Em entrevista à Rádio Regional FM, na manhã desta terça-feira (9), o delegado Flávio Henrique Stringueta discorreu sobre as oitivas e o andamento das investigações. “Fomos designados para iniciarmos uma investigação a respeito dos diversos homicídios que vem ocorrendo em Arenápolis e região. Estamos cientes que muitos fatos que estão ocorrendo não vêm sendo solucionados devido a precariedade da polícia local, resultante do baixo efetivo e das condições técnicas da delegacia. Por isso, a nossa presença no intuito de auxiliar o delegado local, que é bastante competente, mas devido a essas questões, não está conseguindo chegar às conclusões necessárias. A nossa intenção e o nosso trabalho é trazer à sociedade de Arenápolis e região as respostas que ela precisa e merece, e diminuir essa sensação de insegurança e impunidade que a região tem experimentado com esse número crescente de homicídios”, frisou Flávio Stringueta.

Sobre os depoimentos colhidos de pessoas que foram intimadas a depor, o delegado ressaltou que essas pessoas foram citadas em vários procedimentos. “Estamos com várias diligências que serão desenvolvidas, serão feitos outros procedimentos e levantamentos, que serão levados em inquéritos para serem analisados na Gerência de Combate ao Crime Organizado. Vamos designar um delegado especial para acompanhar esses procedimentos, podendo ser eu ou um dos outros dois delegados que atuam na Gerência, estaremos fazendo visitas constantes na região”, ressaltou.

O delegado Flávio Stringueta disse que é inadmissível, uma cidade do porte de Arenápolis com tantas ocorrências criminosas. “Trata-se de um número alto de homicídios para uma cidade pequena e não podemos aceitar esses tipos de crimes, nosso objetivo é diminuir substancialmente essas ocorrências, pois a sociedade não merece o que está acontecendo em Arenápolis e região. Esperamos que a sociedade contribua com a polícia, não se intimide e quando souber de algum fato, nos informe, garantiremos o sigilo da informação. Acreditamos que com o apoio da sociedade diminuiremos, com certeza, a criminalidade e colocaremos os responsáveis por esses atos atrás das grades”, enfatizou Flávio Stringueta.

Em relação a linha de investigação envolvendo os inúmeros crimes ocorridos em Arenápolis e região, o delegado disse que há indícios da existência de um grupo de extermínio. “Fala-se na existência de um grupo de extermínio, de pessoas interessadas em mortes aqui na região e isso será objeto de investigação. Vamos verificar se há relação ente os casos, isso será investigado a partir de agora junto ao delegado local, que vinha analisado dessa forma. Temos a citação de diversos pistoleiros e de diversos crimes de mando no município de Arenápolis. O crime de pistolagem e de mando é difícil de ser investigado, pois, trata-se de algo profissional e torna-se mais difícil de ser captado pela polícia. Temos esperança em solucionar esses crimes o mais rápido possível e mais uma vez esperamos contar com o apoio da sociedade de Arenápolis e região para que possamos por atrás das grades essas pessoas ou grupos”, concluiu Flávio Henrique Stringueta.





Fonte: Página do E/Enock Cavalcanti

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