Polícia vai pedir prisão preventiva de suspeito de matar bebê Delegado Silas Caldeira deve ouvir familiares da vítima e efetivar pedido ainda nesta semana
A Polícia Civil deve pedir, dentro dos próximos dias, a prisão preventiva do suspeito de ter espancado um bebê de um ano e oito meses até a morte, no bairro Dom Aquino, na Capital.
O padrastro do bebê é apontado pela Polícia como o principal suspeito do crime e continua foragido desde o dia do assassinato, na última sexta-feira (5).
O crime ocorreu por volta da meia-noite, horário também em que o padrasto desapareceu, depois de acompanhar o enteado, a companheira e a tia da criança até a entrada do Hospital Geral Universitário (HGU), em Cuiabá, onde o óbito foi constatado.
O delegado Silas Caldeira, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa, irá começar a ouvir os familiares da vítima ainda nesta semana, para então pedir a prisão preventiva do suspeito.
Policiais militares do 1º Batalhão já fizeram buscas onde o suspeito poderia estar escondido, mas não o localizaram.
"Tudo indica que ele (o suspeito) tenha batido no menino porque o filho dele está em estado grave e teria ciúmes do menino que é filho de outro" Desde a morte do bebê, ele não teve mais contato com a companheira.
Ciúmes
Familiares do menino acreditam que o crime tenha sido motivado por ciúmes que o padrasto supostamente sentiria do enteado. Isso porque o filho que ele teve com a mãe do menino, um bebê de sete meses, está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HGU.
“Tudo indica que ele (o suspeito) tenha batido no menino porque o filho dele está em estado grave e teria ciúmes do menino que é filho de outro”, disse a tia do menino, no dia da morte.
Segundo a tia, que tem um ponto de lanche próximo à residência do casal, a mãe da criança a deixou em casa e foi até o local para quitar uma dívida de R$ 20. Ao voltar para casa, se deparou com o filho já desacordado e coberto de hematomas.
“De imediato, colocamos a mãe, o menino e o padrasto no carro e corremos para o Hospital Geral. Entrei correndo e os médicos foram atendendo. Tentaram reanimá-lo, mas não teve jeito”, disse a tia.
“Ele (o padrasto) foi no carro também. Quando avisei que o menino estava morrendo, ele parou e não entrou mais no hospital. Voltou [para casa] e não o encontramos mais”, completou.
Informados da suspeita de espancamento, policiais militares retornaram a residência do casal e o suspeito não estava mais lá.
O laudo de necropsia confirmou a morte da criança por espancamento.
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