Caso Petrobras: MPF pede nove condenações Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef estão entre os acusados. Processo é uma das 12 ações resultantes da Operação Lava Jato.
Em documento enviado nesta quarta-feira (3) à Justiça Federal do Paraná, o Ministério Público Federal pede a condenação de nove suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção que atuava dentro da Petrobras. Entre os acusados estão o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Todos os investigados são réus em processos decorrentes da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Além de Costa e Youssef, o MPF pede a condenação do sócio da importadora Sanko-Sider, Márcio Andrade Bonilho; o dono da MO Consultoria, Waldomiro Oliveira; o contador das empresas RCI Software e Empreiteira Rigidez, Antônio Almeida Silva; os sócios da Laboegen Leonardo Meirelles, Leandro Meirelles e Esdra de Arantes Ferreira; e o sócio da Piroquímica Pedro Argese Júnior.
Os procuradores pediram ainda a absolvição de Murilo Tenio Barros, sócio da Sanko Sider e um dos investigados no processo.
No pedido, o MPF argumenta que durante a operação foram encontrados elementos que comprovam a existência de "organizações criminosas" que atuavam dentro da Petrobras com a intenção de "obter vantagem econômica". Entre os crimes enumerados pelos procuradores estão lavagem de dinheiro, resultante de corrupção ativa e passiva, peculato e fraude de licitações em um contrato da estatal.
"Há, como visto nas denúncias até agora oferecidas nos autos relacionados às investigações, atuação consistente no mercado paralelo ou negro do sistema financeiro, como verdadeiro banco paralelo ("doleiro"), na evasão de divisas, mediante complexo sistema de importações fraudulentas, e na lavagem de capitais de espúrios de diversas origens, que incluem crimes contra a Administração Pública e tráfico internacional de drogas", afirma o MPF no documento.
De acordo com os procuradores da República, os recursos teriam sido desviados da construção da Refinaria Abreu e Lima e lavados pelos acusados em fluxo de recursos que passa da Petrobras para o Consórcio Nacional Camargo Corrêa (CNCC), desta para as empresas Sanko Sider e Sanko Serviços, e destas para a MO Consultoria, empresa controlada por Youssef.
Posteriormente, os valores teriam sido transferidos a outras contas de empresas controladas por Youssef, como a Labogen Química, Indústria Labogen, Piroquímica, RCI Software e Empreiteira Rigidez. Outra parte dos recursos teria sido remetida ao exterior através de contratos de câmbio fraudulentos para pagamento de importações fictícias.
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