José Riva prestará esclarecimentos na Defaz sobre denúncia Documentos colhidos pela CPI instaurada na AL serão entregues à delegada
O deputado estadual José Riva (PSD) irá prestar esclarecimentos na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), referente às denúncias envolvendo a Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (COOAMAT).
O pedido de investigação partiu do próprio parlamentar. Segundo ele, há indícios de fraude e simulação de negócios da cooperativa que tem como sócio o empresário Eraí Maggi (PP).
Riva será ouvido pela delegada Alexandra Fachone ainda neste mês. Ao MidiaNews, a delegada afirmou, no entanto, que ainda não foi definida a data do depoimento.
“Ele virá à Delegacia na condição de informante, apenas para dar mais esclarecimentos sobre o caso e, se for preciso, contribuir com novas informações”, alegou ela.
"Ele virá à Delegacia na condição de informante, apenas para dar mais esclarecimentos sobre o caso"
Fachone afirmou também que a Defaz iniciou as investigações sobre o caso em novembro e há ainda não há nenhuma informação conclusiva.
No próximo dia 10, haverá uma reunião dos membros da CPI com a delegada Alexandra Fachone, quando serão entregues documentos e informações já colhidas pela comissão.
CPI
As denúncias também são apuradas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Assembleia Legislativa (AL-MT).
Estava previsto para a última terça-feira (2), o depoimento do presidente da Cooamat, Donato Cechinel, mas ele não compareceu à reunião da Comissão.
Ele será ouvido na próxima quinta (4), juntamente com o conselheiro fiscal da cooperativa, Saul Lourenço de Lima. No dia 9 está prevista a presença do diretor executivo-financeiro, Roberto Bertoncello e no dia 11 o secretário da cooperativa, José Vengrus Filho.
A pedido do deputado Riva, a convocação do produtor rural Eraí Maggi foi adiada para uma data posterior ao depoimento dos dirigentes da Cooamat.
"Protocolamos a denúncia na Defaz e vamos fazer mais 8 pedidos de investigação à órgãos fiscalizadores, pois as denúncias de lesão ao patrimônio público são graves"
“Na verdade os depoimentos de dois dos quatro diretores da cooperativa são mais importantes nesta fase da investigação e continuaremos tentando notificá-los”, justificou o parlamentar.
Denúncias
A suspeita é de que a cooperativa é usada para operações fraudulentas que chegariam a R$ 500 milhões.
Além da CPI, Riva denunciou a cooperativa à Delegacia Especializada em Crimes contra a Fazenda Pública (Defaz).
A denúncia foi recebida pelo delegado Carlos Fernando da Cunha Costa. Nela, Riva cita supostas práticas de simulação contábil e financeira que podem ter lesado o fisco estadual, com o não recolhimento de ICMS.
"São vários indícios de fraudes que precisam ser analisados com o máximo rigor. Protocolamos a denúncia na Defaz e vamos fazer mais 8 pedidos de investigação à órgãos fiscalizadores, pois as denúncias de lesão ao patrimônio público são graves", disse Riva.
Na denúncia, a cuja cópia a reportagem teve acesso, o deputado lista uma série de condutas tidas como fraudulentas.
Algumas delas são a constituição da sede da cooperativa no mesmo endereço do grupo Bom Futuro, de propriedade de Eraí Maggi; indício de fraude com a não adesão de novos cooperados; constituição de quadro de cooperado com funcionários do grupo Bom Futuro; e atos cooperados com o objetivo de beneficiar as atividades empresariais do "Rei da Soja".
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