Audiência de ex-vigia acusado de matar empresário será amanhã Réu confesso está foragido há três anos; crime ocorreu em uma agência bancária
Marcada para o início de novembro, a audiência de instrução e julgamento do ex-vigia da empresa Brinks Segurança, A.A.F., de 25 anos, foi transferida para esta quinta-feira (4), às 14h, na 14ª Vara Criminal de Cuiabá.
Ele foi indiciado pelo assassinato do empresário A.H.M.C., executado com 3 tiros aos 73 anos, no dia 21 de junho de 2011, quando saía de uma agência do Itaú, na Capital.
Serão ouvidas três testemunhas de defesa e três de acusação. O vigia, conforme o advogado Neyman Monteiro, poderá comparecer a audiência.
“É uma possibilidade e teremos que aguardar até o horário marcado. A apresentação deveria ocorrer no dia 3 de novembro, mas a audiência foi transferida", disse.
O ex-vigia está foragido há mais de três anos, tendo desaparecido meses após o crime, quando teve a prisão preventiva decretada.
Ele chegou a se apresentar na Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), uma semana após o crime, onde confessou o crime.
Depois de ser indiciado, ele foi liberado, pois ainda não havia pedido de prisão contra ele.
"É uma possibilidade e teremos que aguardar até o horário marcado. A apresentação deveria ocorrer no dia 3 de novembro, mas a audiência foi transferida"
Quando teve a prisão decretada, não foi mais localizado. O advogado informou que está tentando relaxar a prisão preventiva.
“A lei permite que meu cliente responda pelo crime em liberdade, mas a Justiça não quer conceder (a revogação da prisão preventiva)”, afirmou Monteiro.
Confissão e assassinato
O crime ocorreu dentro da agência bancária do Itaú da Avenida Carmindo de Campos, em Cuiabá.
Em depoimento ao então delegado da DHPP, Antônio Carlos Garcia, o ex-vigia afirmou que estava sendo vítima de discriminação por parte do empresário, que era cliente da agência.
Segundo o ex-vigia, ele era sempre insultado pelo empresário, todas as vezes que este ia à agência. O motivo dos insultos seria a porta giratória, onde o empresário ficava retido.
No dia do crime, conforme o depoimento do acusado, ele teria sido insultado pelo empresário quando este deixava a agência.
Segundo o acusado, a vítima o teria chamado de "preguiçoso" e "preto", depois de, mais uma vez, ter ficado "preso" na porta giratória.
O então vigia sacou o revólver calibre 38 usado no trabalho e atirou três vezes contra o empresário, atingindo o rosto e as costas.
O empresário morreu no local.
Denúncia
O ex-vigia foi denunciando pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio qualificado - recurso que dificultou a defesa da vítima -,uma vez que o vigia teria travado a porta para atirar na vítima.
Caso isso se confirme, a pena do ex-vigia pode chegar a até 16 anos de prisão.
A defesa do jovem pretende provar que a porta da agência bancária não travou no momento em que a vítima saía.
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