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Cidades
Terça - 02 de Dezembro de 2014 às 19:02
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Dezoito pessoas investigadas pela Polícia Federal na Operação "Terra Prometida", deflagrada na última quinta-feira (27), continuam foragidas, segundo o último balanço divulgado pela PF.


Até o momento, foram cumpridos 34 mandados de prisões preventivas. O último a ser preso pela PF foi o fazendeiro e ex-sindicalista Bento Sangiovo.

Ele se entregou na sede da Polícia Federal noite de segunda-feira (1) e, após prestar depoimento, foi encaminhado para a Penitenciária Central do Estado (PCE).

Sangiovo é investigado como um dos líderes da suposta quadrilha que atuava com fraudes em terras da União, destinadas à reforma agrária.

Ao delegado responsável pela condução do caso, Hércules Sodré, ele negou qualquer envolvimento no esquema.

Segundo apontado nas investigações, Sangiovo possuiria influência política e financeira na região, inclusive no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Conforme o delegado Sodré, ele teria diversos lotes, em nome de “laranjas”, dentro de uma área de assentamento de Itanhangá, região onde se concentram os principais crimes investigados na operação.

Prisões

Também cumpre prisão preventiva em Cuiabá o diretor do Luverdense Esporte Clube (LEC), Edu Pascoski.

Ele se entregou na noite de domingo (30), na sede da Superintendência da PF, onde se juntou ao ex-prefeito do município de Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá), Marino Franz, e aos irmãos Odair e Milton Geller.

Eles aguardam decisão judicial no Centro de Custódia Cuiabá. Os demais detidos para investigação estão no antigo Presídio do Pascoal Ramos.

Liberdade negada

Tanto a defesa dos irmãos Geller quanto a de Marino Franz entraram com pedido de revogação de prisão, mas o juiz federal Pedro Francisco da Silva, plantonista do final de semana, argumentou que não viu elementos suficientes para soltar o trio.

A assessoria de imprensa da PF também informou, na segunda-feira (1º), que os agentes envolvidos na operação devem passar a se concentrar na análise da documentação e dos materiais apreendidos durante a operação.

A análise dos itens é considerada pela PF uma etapa primordial para basear o inquérito, cujo relatório deverá ser encaminhado em seguida aos órgãos judiciais competentes.

Acusações

As investigações apontam que, além do esquema criminoso de compra e venda de lotes, ameaças, invasão de terras e crimes ambientais praticados no Programa Ambiental Itanhangá, a quadrilha investigada na Operação "Terra Prometida" praticou estelionato, fraude documental, associação criminosa e corrupção ativa e passiva.

A PF indicou ainda a possibilidade de ações como contrabando de agrotóxico e defensivos agrícolas, porte ilegal de armas de fogo, utilização de laranjas por fazendeiros para inscrição fraudulenta perante o Incra e até tráfico de drogas.

Segundo a PF, as penas podem chegar a até 12 anos de reclusão.

Operação
A Polícia Federal de Mato Grosso deflagrou a Operação "Terra Prometida" nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Nova Mutum, Diamantino, Lucas do Rio Verde, Itanhangá, Ipiranga do Norte, Sorriso, Tapurah e Campo Verde.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Diamantino (MT) e, dentre os alvos, estão oito servidores públicos. Há também investigados nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O inquérito policial foi instaurado em 2010, após denúncias veiculadas pela imprensa a respeito de irregularidades na concessão e manutenção de lotes destinados à reforma agrária.

Segundo a PF, no transcorrer da investigação descobriu-se uma verdadeira organização criminosa, com forte atuação na região de Lucas do Rio Verde (MT) e Itanhangá (MT), estruturada para cometer crimes de invasão de terras da União.





Fonte: Midia News

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