Junqueira avalia como tranquilo o retorno à gestão
Em entrevista ao programa O Povo no Rádio da Pioneira o Prefeito Fábio Martins Junqueira avaliou como tranquila primeira semana à frente do Executivo. Ele explicou que tem mantido reuniões com os vereadores e também com o secretariado municipal.
Fato considerado positivo pelo prefeito foi a publicação na última sexta-feira no Diário Oficial da União do reconhecimento do Estado de Emergência em Tangará da Serra, solicitado em virtude do vendaval que atingiu o município no dia 15 de outubro. “Esta portaria nos possibilita algumas ações mais céleres para recuperação na parte pública. A Rodoviária, por exemplo, escolas e unidades de saúde. Chegamos à conclusão, em alguns casos, como da Escola Dom Bosco de que vamos fazer a reforma de todo o telhado”, explicou o Prefeito.
Na entrevista ele explicou a situação da Unidade Mista de Saúde, cujas obras de reforma e ampliação estão suspensas por causa da falta de projetos complementares, que segundo o gestor, estão sendo finalizados. “No caso da rede elétrica, o que faltou foi o projeto de ligação da central de geração que já está sendo finalizado e os demais necessários estão prontos”, disse ele.
Segundo Junqueira já está agendada uma visita à Vigilância Sanitária Estadual para que Secretários Municipais de Planejamento e Saúde levem os projetos que faltam na Unidade Mista para acelerar a expedição do Alvará Sanitário, o que, de acordo com o prefeito, elimina quaisquer obstáculos para a continuidade das obras. “A ideia é conseguir o Alvará Sanitário se possível este ano. Os projetos estão praticamente prontos. Terminando o projeto da Central de Geração Elétrica, vamos protocolar pessoalmente na Secretaria para obter o alvará. Depois disto, em quatro ou cinco meses a obra deve ficar pronta”, disse ele.
Permanência no cargo – Sobre especulações em relação à sua permanência no cargo, Junqueira diz estar bastante tranquilo. “Tem uma tutela antecipada que me garantiu porque eu tenho um mandato eletivo. E um erro processual foi aproveitado para me afastar do cargo. Algo que foi conquistado democraticamente, soberanamente. Com vereadores eu não tenho esta dificuldade que alegam. Na vida pública há contrariedades. Executivo é Executivo, Legislativo é Legislativo. Pode acontecer de um vereador querer algo, para o que não se reúne a condição e acaba havendo insatisfação”, declarou o Prefeito.
Reflexões - O prefeito destacou que o período de afastamento do cargo levou a uma série de reflexões. “Não resta dúvida de que estes seis meses me serviram para reflexão. Trabalhei muito fora de hora e isto às vezes provocava cobranças. Lógico que não vou deixar de cobrar o serviço. Eu fui inclusive muito bem recebido pelos servidores, que compreenderam que o afastamento foi injusto. Me sinto muito bem de retornar para realizar este trabalho para o qual fui eleito. Tenho muita vontade de concluir as ações que desejamos e planejamos para o povo de Tangará, não só a administração doméstica, mas também a intervenção com os demais entes para que Tangará receba novas empresas, novos investimentos”.
Judicialização da Saúde – Já na semana do seu retorno, o prefeito esteve no Tribunal de Contas em Cuiabá participando de um simpósio com prefeitos, secretários de saúde e membros do jurídico da saúde, cujo tema principal era a judicialização da saúde pública. “Temos processos judicias no país inteiro. A principal palestrante veio do Estado de SP onde há 98 mil ações judiciais de pessoas pedindo cirurgias e remédios. Lá há situações que fogem ao controle e as ações judiciais prejudicam as ações regulares. Em São Paulo segundo o relato da palestrante, o que se descobriu foi que 65% das ações que envolvem medicamentos, na verdade são mais por conta do incentivo de laboratórios para que médicos receitem medicamentos que não são os que estão no RENAME. Aqui temos muitos medicamentos e a secretária me relatou que precisamos fazer um trabalho para reduzir este número. De AAS, por exemplo, há mais de 100 tipos e poderia se restringir a seis tipos”, explica o Prefeito.
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