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Cidades
Segunda - 01 de Dezembro de 2014 às 11:12
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O Ministério Público Federal (MPF) não encontrou até o momento indícios de que investigados na "Operação Ararath" da Polícia Federal tenham remetido grandes fortunas para outros países considerados paraísos fiscais. Em entrevista exclusiva ao Folhamax, a procuradora da República, Vanessa Cristina Marconi Zago informou que não há nada relacionado neste momento sentido nas investigações conduzidas até aqui. “Prova disso, não temos nenhuma”, declarou.

Investigações sigilosas feitas pela Polícia Federal chegaram a apontar que o empresário Fernando Mendonça de França chegou a possuir investimentos nos Estados Unidos da América e Panamá. Para tentar "driblar" o rastreamento das operações financeiras, o empresário investigado na "Operação Ararath" se utilizou de parentes que aparecem na constituição de várias empresas que estavam sediadas nos dois países e agora estão no Brasil.

Nos bastidores, sempre houve comentários de que autoridades de Mato Grosso suspeitas de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro tenham remetido quantias milionárias a países como o Panamá e Uruguai.

Em decisão judicial que revogou a prisão preventiva do ex-secretário de Estado, Eder Moraes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Dias Toffoli, citou que o delator Júnior Mendonça teria revelado remessas de dinheiro a paraísos fiscais.

"Ainda para impedir o prosseguimento de atividades ilícitas, em face da notícia de que a apontada organização criminosa teria interesses (possivelmente contas ou ativos) no exterior (ao que consta, ao menos no Panamá, conforme declarações de Gércio Marcelo Mendonça Junior e para se assegurar a futura aplicação da lei penal, proíbo o requerente de se ausentar do país”, diz trecho da decisão de Tóffoli.

O Ministério Público Federal prossegue com as investigações relacionadas a Operação Ararath com o intuito de concluí-las no primeiro semestre de 2015. “Até o momento não houve comprovação disso, mas não podemos descartar”, ressalta a procuradora Vanessa Cristina Zago.

Iniciada há um ano, a Operação Ararath tem hoje cinco ações penais propostas, sendo que ainda tramitam 11 inquéritos com mais de 100 pessoas físicas e jurídicas investigadas. Basicamente, a operação busca desbaratar um esquema de lavagem de dinheiro público através de empréstimos em bancos e empresas de factoring.





Fonte: Midia News

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