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Política
Sexta - 30 de Agosto de 2013 às 16:45

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Secretário de Governo, Fábio Garcia, criticou a briga na Câmara de Cuiabá, e afirmou que a CPI do Maquinário é pano de fundo de pressão por dinheiro

O secretário de Governo de Cuiabá, Fábio Garcia, em entrevista ao jornal do Meio Dia da TV Record, nesta sexta-feira (30), declarou que o pano de fundo por trás da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Maquinário, que investiga locação de maquinário pela Prefeitura de Cuiabá, no valor de R$9,5 milhões, é o dinheiro. Garcia enfatizou que a briga é por mais dinheiro por parte do presidente da Câmara de Cuiabá, vereador João Emanuel.

Garcia explicou que não há motivos para a Câmara investigar a licitação que locou R$9,5 milhões em maquinário, tendo em vista, que denúncia de irregularidade já foi apurada pelo Ministério Público do Estado (MPE), que arquivou o caso, por falta de indícios de ilicitude.

A CPI do Maquinário foi instaurada pela Câmara, e conta apenas, com membros da oposição, sendo que a base governista conseguiu liminar para que seja realizada nova recomposição de membros, para atender ao princípio de proporcionalidade, já que os maiores partidos PTB e PSB, que são da base do prefeito, não integram a CPI.

“É importante que todos saibam os fatos, o que está por trás da CPI é mais dinheiro para o presidente da Câmara, João Emanuel, mais do que é permitido em lei, e a legislação é clara, e estabelece limite para o duodécimo, e a Prefeitura tem repassado o teto. Não faremos nada na ilegalidade, mesmo que haja dez CPIs pesando contra a Prefeitura”, garantiu.

O secretário ressaltou que o prefeito Mauro Mendes não irá acatar acordos escusos. “Cuiabá não merece esse desrespeito com dinheiro público”, emendou.

João Vieira
Presidente da Câmara, João Emanuel nega pressão por dinheiro e afirma que tentativa de afastamento foi golpe político arquitetado pelo prefeito Mauro Mendes

Apesar de João Emanuel enaltecer que a Câmara promoveu série de cortes para se adequar ao orçamento, é notório que a Casa de Leis, tentou alterar o percentual previsto em lei, que é de 4,5% do orçamento da Prefeitura. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) negou pedido de aumento do duodécimo.

Em uma sessão tumultuada, os vereadores não votaram pela cassação de Emanuel, que encerrou a sessão. Com o 2º vice-presidente da Casa, vereador Haroldo Kuzai (PMDB), os vereadores retomaram a sessão, às escuras, e votaram pelo afastamento do presidente. A disputa irá à Justiça, já que, João Emanuel garante permanecer no cargo, por considerar a sessão que votou seu afastamento como “inexistente”.

Já a base, garante recorrer à Justiça, caso Emanuel permaneça no cargo.A briga entre base e oposição resultou em uma situação nunca vista antes na Câmara de Cuiabá, já que a base impetrou cerca de três CPIs que visavam investigar a gestão de João Emanuel à frente da Mesa Diretora, e quando era secretário municipal de Habitação. Com isso, o presidente votou em plenário, a sua própria cassação, tendo em vista, que 16 vereadores da base, apresentaram requerimento pedindo o seu afastamento.

Quem deve assumir é o primeiro vice-presidente, Onofre Junior (PSB), que apesar de ser do partido do prefeito, tem atuado como oposição após divergências internas durante a eleição da Mesa Diretora, que elegeu João Emanuel. Onofre afirmou que só assume com medida liminar.





Fonte: A Gazeta

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