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Cidades
Quinta - 27 de Novembro de 2014 às 16:54
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O suplente de deputado Gilmar Fabris (PSD). (Foto: Maurício Barbant / ALMT)

O suplente de deputado Gilmar Fabris (PSD).
(Foto: Maurício Barbant / ALMT)

Investigado em pelo menos duas operações policiais, o suplente de deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) retornou às atividades da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) na última quarta-feira (26), assumindo a vaga do deputado estadual José Domingos Fraga (PSD), que solicitou licença de 121 dias.

Fabris é investigado em duas operações policiais. Na “Cartas Marcadas”, deflagrada em 2011, ele figurou como suspeito de integrar um grupo que teria fraudado cálculos para emissão de cartas de crédito por parte do estado, provocando um rombo de R$ 398 milhões nos cofres públicos. O valor do suposto desvio foi apontado pelo Ministério Público (MP) em ação civil pública protocolada na última segunda-feira (24) contra Fabris e outras dez pessoas.

O suplente de deputado, agora em exercício, também foi alvo da operação “Ararath”, daPolícia Federal (PF), que visa desmantelar um suposto esquema de crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Na sexta etapa da operação, deflagrada no final de setembro, um dos mandados judiciais de busca e apreensão foi cumprido na residência de Fabris em Cuiabá, segundo confirmou o Ministério Público Federal (MPF). Na ocasião, Fabris foi encontrado pela imprensa para falar sobre o assunto na rua de seu edifício, mas deu as costas para as câmeras e se negou a comentar a ação policial.

Entretanto, tão logo retornou às atividades na ALMT, Fabris convocou a imprensa para se defender das acusações no âmbito da primeira operação, referente às cartas de crédito. Ele apresentou estudo do Conselho Regional de Economia (Corecon), feito a pedido da ALMT, sobre os cálculos que basearam a emissão das cartas de crédito que, segundo a Delegacia Fazendária (Defaz) da Polícia Civil, teriam indícios de fraude.

Nesta quinta-feira (27), Fabris apresentou os números do estudo. Segundo ele, os dados apontam que não houve qualquer prejuízo ao erário estadual com a emissão das certidões de crédito, mas economia. Os papéis teriam de ser emitidos para indenizar um grupo de servidores da Secretaria de Fazenda (Sefaz) após um longo processo judicial trabalhista que tramitou desde 1996 até chegar a um acordo entre as partes em 2008.

O parlamentar apontou que a dívida do estado com os servidores neste caso seria de aproximadamente R$ 1,3 bilhão, mas o acordo articulado com sua ajuda teria estabelecido o pagamento de pouco menos de R$ 648 milhões – permitindo uma economia de mais de R$ 720 milhões.

Por sua vez, a Auditoria-Geral do Estado (AGE) já apontou que, na realidade, o valor devido segundo o acordo de 2008 seria de aproximadamente R$ 142 milhões e o MP viu no caso um rombo de R$ 398 milhões aos cofres públicos.

Em defesa do deputado, o advogado Paulo Humberto Budóia já reforçou que o estado não sofreu qualquer prejuízo com a emissão das cartas de crédito e repetiu que “não há no inquérito uma prova documental ou testemunhal” contra Fabris.





Fonte: Do G1

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