Médicos querem salário de R$ 10 mil e ameaçam com greve Profissionais querem que todos os médicos que atuam na unidade de saúde receberam o mesmo salário
Os médicos que atuam no Hospital Universitário Julio Muller (HUJM), em Cuiabá, ameaçam deflagrar greve, caso a pauta de reivindicação da categoria não seja apreciada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), na assembleia marcada para a noite desta segunda-feira (17).
O principal assunto da pauta é a equalização dos salários dos médicos que atuam na unidade de saúde. O objetivo é que todos os profissionais passem a receber o salário de quase R$ 10 mil, previsto pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
De acordo com Osvaldo Mendes, diretor de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Estado (Sindimed), há profissionais que possuem a mesma função, realizam as mesmas atividades e têm recebido salários distintos.
"São pagos quatro salários específicos para a mesma função e o mesmo cargo. Nós queremos que o piso para todos seja de quase R$ 10 mil, como acontece em todo o Brasil, conforme a Fenam."
Ele explicou que existem quatro categorias de profissionais que atuam no hospital: os médicos concursados pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), os professores da universidade, os médicos cedidos pelo Estado e Município e os profissionais da EBSERH. E, por isso, é necessário igualar os valores.
“São pagos quatro salários específicos para a mesma função e o mesmo cargo. Nós queremos que o piso para todos seja de quase R$ 10 mil, como acontece em todo o Brasil conforme a Fenam.”, afirmou.
A discussão sobre a equalização dos salários já foi iniciada com representantes da entidade, que argumentaram não ter competência e nem condições para realizar a mudança pleiteada, segundo Osvaldo.
“Já iniciamos uma mesa de negociação com um diretor da EBSERH e ele alegou não ter competência sobre a decisão de reajuste. Então, precisamos saber de quem é essa competência. Se é a da reitora ou do presidente. Precisamos de um posicionamento”, informou.
Ele disse ainda que não há condições de continuar com a situação no próximo ano e que a posição é de buscar um entendimento junto a Justiça do Trabalho e posteriormente, uma greve.
“Precisamos definir com urgência a situação trabalhista. Já estivemos reunidos. Já fizemos uma minuta com a pauta de reivindicação. Precisamos de uma posição”, completou.
Além do salário, a assembleia vai discutir sobre os problemas da unidade de saúde. Segundo Osvaldo, não há condições de trabalho, estrutura suficiente e até quadro de profissionais.
Atualmente, o Julio Muller sofre com a deterioração do prédio, falta de insumos e materiais de uso diários.
“Vamos discutir o assunto. Já estamos com indicativo de paralisação e caso não tenhamos êxito na Justiça do Trabalho, vamos entrar em greve, sim”, concluiu.
Outra paralisação
Os médicos que atuam no Pronto Socorro Municipal e nas policlínicas também seguem a tendência dos profissionais do Julio Muller e podem paralisar as atividades.
Eles realizam assembleia extraordinária para discutir questões como o descumprimento das cláusulas previstas no acordo firmado em fevereiro com a Prefeitura de Cuiabá, concurso publico para a saúde e redução dos vencimentos dos médicos.
A assembleia está prevista para acontecer na próxima terça-feira (25).
Comentários