Delegada pede preventiva de acusado de duplo assassinato Diego Silva, 20, está preso na PCE há 30 dias; Polícia investiga mais um suspeito do crime

A delegada Anaíde Barros, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), solicitou à Justiça a prisão preventiva de Diego José da Silva, de 20 anos, principal suspeito do duplo assassinato que vitimou duas adolescentes de 14 e 16 anos, em Cuiabá..

As duas menores foram mortas a pauladas na casa da última, no bairro Jardim Umuarama, na região da Morada do Ouro (CPA), no dia 5 de outubro passado. A prisão temporária vence nesta quinta-feira (13).

Nos últimos 30 dias, a delegada ouviu todas as testemunhas possíveis e disse que os indícios são de que Diego teria agido sozinho. Com isso, ela deverá concluir as investigações indiciando o rapaz pelo duplo assassinato.

Segundo a delegada, alguns amigos de Diego estariam temerosos pela sua saída da prisão, uma vez que existiriam ameaças contra ele. E ficar atrás das grades seria uma forma de se proteger de alguma agressão ou mesmo algo mais grave.

Conforme as investigações, desde o início, as suspeitas recaiam sobre ele, que trabalhava numa empresa de prestação de serviço à própria Polícia Civil.

Diego era namorado da adolescente mais nova. Ele só apareceu no local do crime algumas horas depois que o crime havia acontecido. Batante nervoso, ele saiu do local em "busca" do provável autor do assassinato.

Nos depoimentos, segundo a delegada Anaíde Barros, ele caiu em contradição, o que reforçaria as suspeitas.

A delegada lembrou que o jovem teria usado um pedaço de madeira para matar as duas adolescentes, assim que elas chegaram na casa de Luzinete para tomar banho.

Ao vê-las despidas, teria matado as duas. Em seguida, foi embora levando a arma do crime.

Os policiais acreditam que o jovem seja o principal suspeito de ter espalhado que um rapaz, conhecido como “Dodô”, como um dos investigados do duplo assassinato que vitimou as adolescentes. Ele teria se desentendido com uma das garotas, dias antes na feira do bairro.

“Todo esse envolvimento do Dodô no crime, foi ele (Diego) quem nos repassou, mas descobrimos que o Dodô não tinha envolvimento com a morte das adolescentes”, destacou a delegada.

Tony Ribeiro/MidiaNews

Diego Silva, que cumpre prisão temporária; Polícia Civil pede a preventiva

Diego disse que a adolescente em questão, teria esnobado Dodô que não gostou e prometeu se vingar. O suspeito, no entanto, não foi visto na festa ocorrida no mesmo quarteirão onde se comemorava o aniversário da mãe de Luzinete.

Os policiais acreditam que seja Diego quem tenha compartilhado uma foto de um rapaz morto, em várias redes sociais, como sendo sendo autor do assassinato das adolescentes.

A informação de que ele teria sido encontrado morto é falsa. Os policiais lembraram que se trata de uma montagem.

Dodô é investigado também no assassinato de uma mulher no bairro Novo Paraíso a golpes de faca. O crime ocorreu no dia 6 de setembro passado.

As investigações apontam que Diego é um jovem ciumento e que chegou a se separar da adolescente, a pedido dos pais.

O casal reatou, mas viviam em quartos separados. Mesmo assim, ele passou a vigiar a namorada e a seguia em todos os locais, principalmente em festas das quais ela participava.

Outro suspeito

A DHPP também está apurando uma denúncia que pode acrescentar componentes ao caso do duplo homicídio no Jardim Umuarama

Um rapaz - cujo nome ainda é mantido em sigilo - denunciou à Policia uma possível fraude em conversas no aplicativo WhatsApp, em seu telefone celular.

No bate papo, ele teria conversado com outro homem sobre a possibilidade de fugir, considerando que o depoimento de Diego Silva poderia complicá-lo.

Segundo as informações, o rapaz, que é morador de Várzea Grande, se apresentou à Polícia e disse suspeitar que seu celular tenha sido rackeado e que a a conversa teria sido uma armação.

“Ele não tem passagem pela Polícia e se disse vítima de armação. O celular dele foi enviado à Polícia Técnica para ser periciado.a e não as duas.