Mães denunciam que crianças sofrem agressões em creche de cidade de MT Mães dizem que situação ocorreu mais de uma vez em Várzea Grande (MT). Secretário de Educação disse que funcionária deve ser exonerada.

Mães de alunos do Centro de Educação Infantil Domingos Sávio, localizado no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, denunciam agressões por parte de profissionais da unidade escolar contra as crianças. O centro educacional atende crianças de 1 a 5 anos de idade. A direção da unidade informou que a profissional foi afastada e que o caso está sendo apurado.

Uma mãe que tem uma filha de dois anos matriculada na unidade disse que em junho a criança relatou à mãe a primeira agressão. “Minha filha chegou em casa e disse que a tia dava beliscões no braço e perna dela”, comentou a mãe. Após este episódio, ela procurou a direção da unidade, que não teria tomado providências. Em outra ocasião a criança disse que teria levado beliscões nas partes genitais.

A mãe da criança disse que registrou um boletim de ocorrência denunciando a servidora e também formalizou uma denúncia no Ministério Público estadual. “Eu quero que a Justiça seja feita e esta técnica de desenvolvimento infantil seja punida pelo que fez com minha filha e afastada do contato com crianças. Além de agressão física, teve todo o constrangimento”, reclamou.

O secretário de Educação de Várzea Grande, Jonas Sebastião da Silva, disse que encaminhou uma equipe até o local após a denúncia da mãe para averiguar a situação e, em um primeiro momento, a funcionária foi transferida para outra unidade educacional. “Estamos abrindo um processo administrativo para apurar as denúncias, que são gravíssimas”, disse o secretário. Segundo ele, a funcionária deve ser exonerada.

Outra mãe, que tem um filho de três anos no mesmo centro educacional, também disse ao G1 que a criança reclamou de maus-tratos. “Quando fui dar banho nele ao chegar em casa, ele disse que a tia puxava a orelha dele. E na hora de pentear o cabelo, machucava, sendo que meu filho tem pouco cabelo, nem precisa ficar penteando. Eu chorei quando ele me contou isso”, disse. A mãe informou que não havia formalizado denúncias contra a unidade pois achava que o caso dela era isolado.