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Economia
Segunda - 11 de Agosto de 2014 às 10:38
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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As vendas casadas na hora da contratação de linhas de financiamento segue preocupando os produtores de Mato Grosso. Além de terem de ficar alertas quanto à venda do seguro rural na hora da contratação do Plano Agrícola Pecuária (PAP) 2014/2015, cuja obrigatoriedade é somente a partir de 1º de julho do próximo ano, o setor tem de estar atendo a venda casada na hora de solicitar recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).De acordo com representantes do setor produtivo em Mato Grosso, o governo federal disponibiliza linhas de crédito com taxas abaixo da linha de inflação, porém ao serem incorporadas à venda casada de produtos disponibilizados pelas instituições financeiras o custo da operação se torna alto e inviável a tomada de crédito, em especial dos pecuaristas.

Como o Agro Olhar recentemente comentou, para 2014 R$ 1,4 bilhão em FCO devem ser destinados. No primeiro semestre já haviam sido captados R$ 800 milhões, dos quais R$ 479 milhões no FCO Rural. Para 2015 projeções apontam que R$ 1,5 bilhão sejam destinados para Mato Grosso em FCO.

Conforme a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), essa preocupação da venda casada foi apresentada durante recente reunião de apresentação das diretrizes do FCO para o ano de 2015. Na ocasião, além das entidades de classe do setor produtivo, estavam presentes representantes Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme-MT) e do Banco do Brasil.

“A previsão era a cobrança de uma taxa média de 5%, por exemplo. No entanto, ao finalizar o contrato, o produtor é obrigado a adquirir produtos como, seguros, títulos de capitalização, entre outros produtos, aumentando o valor do crédito tomado”, pontua o vice-presidente da Acrimat, Guilherme Nolasco.

Segundo a Acrimat, durante a reunião o Banco do Brasil, representando pelo superintendente regional do Banco do Brasil, Ulisses Assis, declarou que a prática não existe.“Há uma sugestão de venda dos produtos oferecidos pelo banco, mas não uma ordem para embutir nos contratos", salienta Assis.

A coordenadora-Geral de Gestão do FCO da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste no Ministério da Integração Nacional, Hélen Cássia Nunes e Silva, salientou que caso os produtores constatem a venda casada os mesmos podem entrar em contato com a órgão para denunciar a ação através do contato é 0800 61 0021, de 2ª a 6ª, das 08h00 às 17h30 ou por meio de formulário eletrônico (www.sudeco.gov.br/ouvidoria) e e-mail ouvidoria@sudeco.gov.br.





Fonte: Olhar Direto

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