Consumo de gás aumenta 3,7% em um ano, diz Abegás
A maior competitividade em relação a outros insumos e a elevação dos preços da energia elétrica mantiveram em crescimento o consumo de gás natural no país, que atingiu em maio a demanda de 76 milhões de metros cúbicos (m³) por dia. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) e indicam crescimento de 0,7%, em relação a abril, e de 3,7%, quando a comparação se dá com maio do ano passado.
De acordo com levantamento estatístico mensal da Abegás, o segmento de cogeração (produção simultânea de energia térmica e elétrica a partir de um combustível convencional) foi o destaque do mês, com aumento de 5,7% em relação ao mês anterior e de 14% em comparação a maio de 2013.
O segmento industrial, que vem registrando expansão desde o início do ano, cresceu 0,4% em relação a maio do ano passado, alcançando média de 29 milhões de m3 por dia – o melhor resultado desde agosto de 2013. Comparativamente a abril deste ano, a alta foi ainda maior: 1,7%.
Depois de dois meses seguidos de retração, o setor automotivo se recuperou em maio, com aumento de 0,8% na comparação com o mês anterior. Em relação a maio de 2013, no entanto, o consumo de gás natural veicular (GNV) apresentou queda de 2,9%.
A geração elétrica apresentou aumento de 1,3%, na comparação com abril de 2014 e de 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado, em decorrência da maior demanda por parte das usinas termelétricas, que vêm despachando a plena carga para compensar a insuficiência de vazão dos reservatórios do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste.
Por outro lado, o setor residencial apresentou redução de 2,7%, em relação a abril de 2014, e de 14,3% na comparação com maio de 2013. Em relação ao mesmo período do ano passado, o segmento comercial caiu 5%. Na comparação com o mês anterior, a redução chegou a 8,6%.
A Abegás constatou ainda aumento de 0,7% no número de consumidores – que chegou a 2,5 milhões em todo o país.
Regionalmente, o Sudeste continua concentrando o maior demanda do país, com volume médio diário de 51,8 milhões de m3; seguida do Nordeste, com 10,6 milhões de m3. As regiões Sul, Norte e Centro-Oeste consumiram, respectivamente, 7,9 milhões de m³/dia, 2,9 milhões de m³/dia e 2,6 milhões de m³/dia.
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