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Política
Segunda - 30 de Junho de 2014 às 08:58
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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“Eu não entrei na política para combater pessoas, não tenho nada contra o pecador, tenho contra o pecado. Eu não tenho nada pessoal contra o deputado José Riva, absolutamente, eu não odeio as pessoas. A política é um instrumento transformador e nós somos diferentes e queremos fazer uma campanha diferente”, contextualiza o candidato ao governo, senador Pedro Taques (PDT), quando questionado sobre o possível embate com o pré-candidato José Riva (PSD).

Os dois são adversários políticos e a candidatura consolidada do senador, segundo informações, é a principal motivação para Riva entrar na disputa, mesmo correndo risco de não assumir o governo, numa eventual vitória, devido as condenações na Justiça. Existem pelo menos duas com decisões colegiadas, o que enquadraria o parlamentar na Lei da Ficha Limpa. No entanto, o deputado se diz em condição jurídica de enfrentar a eleição deste ano.

Riva não esconde o desafeto por Taques há anos, desde mesmo quando o hoje senador exercia o cargo de procurador da República em Mato Grosso. Pedro e o ex-juiz Julier Sebastião da Silva foram os responsáveis por desmontar o esquema do crime organizado no Estado, que levou a prisão o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Hoje, Julier e Taques estão em lados opostos na política mato-grossense. Há cinco dias, o ex-magistrado era um dos nomes para enfrentar o candidato do PDT. Contudo, circunstâncias internas na base de sustentação o retiraram da disputa.

Taques não tem preferencia, pelo menos pública, de disputar com Riva ou com o petista Lúdio Cabral, pré-candidato ao governo do Estado. “Eu não tenho tempo para temer nada, eu tenho trabalhado com coragem e determinação, eu não quero baixaria. Vou pautar minha caminhada pelo debate propositivo”, avisa o candidato da oposição.

Em caso de ataques ou baixaria, ele avisou que vai recorrer a Justiça. ‘Eu não vou nivelar nada por baixo e aqueles que fizerem baixaria, vamos a Justiça’, diz Taques. O candidato, ainda durante a convenção, não quis fazer qualquer comentário sobre uma eventual disputa em dois turnos. “Eu não quero fazer jogo de adivinhação”, resumiu.

Como os dois adversários, neste momento, são de partidos governistas, Taques já tem definido um discurso contra as acoes da gestão Silval Barbosa (PMDB) de quem é adversário há pelo menos quatro anos. Além das questões pontuais de governo, o senador tem refutado as posições dos pré-candidatos que tentam relacionar o seu nome as investigações da Operação Ararath, desencadeada pela Polícia Federal, que apura crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro em Mato Grosso.

Embora Taques não seja investigado, o maior doador da sua campanha em 2010, o empresário Fernando Mendonça é um dos alvos do inquérito da PF. “Todas as cautelas que estão na lei nós vamos buscar, nós vamos procurar receber doações de pessoas físicas e de voluntariado, mas a legislação permite que receba de pessoas jurídicas”, responde o senador.

Ele relembra que as suas contas de campanha foram aprovadas, enquanto as de Lúdio, que foi pré-candidato a prefeito em 2012, estão rejeitadas. Além disso, um dos coordenadores de campanha do petista, o ex-secretário Eder Moraes, está preso desde o mês passado.

Por outro lado, Taques tem um discurso pronto contra o governo. “Nós estamos cansados de conversa fiada. É um governo de promessas, o interior está abandonado, as obras da Copa não terminaram e hospitais estão abandonados”, descreve o candidato a governador.





Fonte: Rádio Pioneira com Gazeta

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