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Saúde
Sexta - 27 de Junho de 2014 às 22:00
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O assunto foi abordado em entrevista pelo médico PhD Dr. Jose Gomes no programa O Povo no Rádio desta sexta-feira na Pioneira. Segundo ele os pacientes com mais de 40 anos fazem parte de um grupo importante de pessoas que sofrem de algum modo de distúrbios eretivos por conta de alterações vasculares, que são muito comuns, facilmente diagnosticáveis e tratáveis.

Dr. José destacou que junto com a doença cardiovascular vem a impotência sexual e isto traz muitos transtornos para as famílias. “Alguns casais se desfazem por conta da incapacidade do homem de obter e manter o pênis ereto durante o ato sexual. É uma frustração muito grande para os homens e motivo de observação por parte das mulheres. Hoje, podemos amenizar problemas que muitas vezes se tornam de monta”.

Segundo ele, a ereção está relacionada com quatro sistemas: vascular, nervoso, hormonal e condições psicológicas. “Da interação entre estas quatro condições é que vamos garantir uma boa ereção. O cérebro, uma vez estimulado, pode emitir sensações diferentes e consequentemente produz neurotransmissores que estimulam o corpo cavernoso que é um órgão interior do pênis que se dilata e propicia a ereção. O pênis se enche de sangue e esta está garantida e mantida a ereção uma vez que este sistema vascular seja competente”, explica o médico.

Ele apontou um estudo realizado em Massachussets nos EUA, onde foram pesquisados 1.290 homens entre 40 e 70 anos, detectando-se que 52% deles, tinham algum tipo de deficiência na hora do ato sexual. “52% de algum modo não conseguiam obter ou manter a ereção durante o ato sexual. E 10% destes homens eram completamente impotentes. É o que se chama em medicina estatisticamente significante. As causas da impotência estão de certo modo relacionadas com as origens. Podem ser psicogênicas, o que é um número pequeno. Número muito pequeno dos pacientes tem problemas realmente psicológicos. Mas, 80% destes homens que tem queixas efetivas, tem causas orgânicas, ou seja, algum sistema em seu organismo não está funcionando perfeitamente. E estes homens precisam de diagnóstico correto e de tratamento. É sabido hoje que o tratamento da disfunção erétil está plenamente satisfeito, seja com medicamentos, seja com tratamentos cirúrgicos”, destacou.

DOENÇAS VASCULARES – Segundo o médico as doenças vasculares são comuns e fatores determinantes mais comuns ainda no caso de problemas de ereção. “Sabemos que a doença que mais compromete o sistema eretivo é a aterosclerose, aquela que causa infarto agudo do miocárdio e trombose também é responsável pela disfunção erética. É em si a deposição de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos. Se diminui o calibre por onde passa o sangue, o aporte de sangue ao pênis diminui também e isto resulta em uma não ereção, ou em uma ereção parcial”.

Cigarro, bebida e abuso de gorduras são fatores que levam o paciente a ter aterosclerose e a ter dificuldade de ereção, segundo o especialista. “O cigarro produz oxido nítrico e este é um vasodilatador potentíssimo. Mas, quando existe a competição entre um vasodilatador e uma redução da luz do vaso, o resultado é quase sempre uma deficiência na irrigação, o que leva o paciente a não ter a ereção. Quando tem aterosclerose e se fuma, piora-se o quadro”.

DIABETES - 28% dos pacientes que tem diabete, depois dos 40 anos desenvolvem algum grau de disfunção erétil. A diabete é uma doença que está diretamente relacionada à aterosclerose e que compromete também o sistema nervoso e o sistema vascular, segundo o médico: “O pênis do paciente diabético é mais frio, porque a cota de sangue que chega até ele é menor. Quanto mais comprometida a circulação, mais diminui o aporte de sangue e ele terá uma disfunção erétil mais saliente, dependendo do grau da doença. Pacientes que tem diabete tem que cuidar seriamente dos níveis glicêmicos”.

HIPERTENSÃO – De acordo com o Dr. José Gomes, pacientes com hipertensão também precisam de atenção especial, até porque grande parte dos medicamentos usados para tratar hipertensão acabam levando a um déficit funcional do pênis. “É importante que o paciente faça o urologista saber sobre esta medicação e que haja interação entre urologista e cardiologista para conseguir um equilíbrio para o paciente”.

O excesso de gordura no sangue é outro problema apontado pelo médico: “Estes pacientes são maiores candidatos a terem aterosclerose. O risco dos pacientes de ter problemas com ereção é exatamente igual ao risco de desenvolver doença cardíaca para os hipertensos, diabéticos, os que têm triglicérides e colesterol elevado, são obesos e são fumantes”, explicou.





Fonte: Rádio Pioneira

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