Iraque: premiê recusa formar governo de emergência nacional
O primeiro-ministro do Iraque, Nuri Al Maliki, recusou hoje (25) formar um governo de emergência nacional para enfrentar a ofensiva jihadista sunita em cinco províncias do país. “O apelo para a formação de um governo de emergência nacional é um golpe contra a Constituição e contra o processo político”, disse Maliki em discurso transmitido pela televisão.
“O perigoso objetivo de formar um governo de emergência nacional não está escondido. É uma tentativa daqueles que são contra a Constituição de eliminar o processo democrático e roubar os votos dos eleitores”, explicou.
A aliança política de Al Maliki, primeiro-ministro desde 2006, venceu com ampla margem as eleições legislativas de 30 de abril, elegendo quase o triplo dos deputados do segundo maior partido. O bloco xiita do premiê não obteve, contudo, maioria absoluta e tem de forjar alianças com partidos rivais para formar um governo.
Opositores internos e governos estrangeiros acusam Al Maliki de ter alimentado a ofensiva lançada no início de junho pelos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) com as políticas sectárias seguidas pelo seu governo e têm apelado para a formação de um governo de emergência nacional que inclua todos os setores da sociedade iraquiana.
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