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Quinta - 05 de Junho de 2014 às 20:46
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Fotos: Heverton Luiz e Roberto Weber/Rádio Pioneira

Fotos: Heverton Luiz e Roberto Weber/Rádio Pioneira

Pelos cálculos da Polícia Militar, em torno de oito mil pessoas foram às ruas na tarde desta 5ª-feira (04) manifestar a indignação com a insegurança registrada em Tangará da Serra nas últimas semanas. Estabelecimentos comerciais fecharam as portas em sinal de protesto enquanto os manifestantes seguiam em passeata pela principal avenida da cidade.

O manifesto teve como objetivo principal chamar a atenção das autoridades do estado de Mato Grosso para as dificuldades enfrentadas no setor de segurança pública: efetivo reduzido nas polícias e condições precárias de trabalho em muitos casos, como na sede da Delegacia local, que está em vias de ser interditada por falta de reforma.

Uma onda de assaltos e diversos casos de estupro registrados nos últimos dias e o homicídio de uma jovem de 18 anos, também vítima de violência sexual culminaram em comoção social e a indignação da população expressada na maciça presença no manifesto.

Seguimentos diversos se fizeram representar. O Pastor Edimael Vasconcelos destacou à reportagem da Pioneira, a responsabilidade dos religiosos e fiéis: “Todos os segmentos da religião e da sociedade devem acordar para o que está acontecendo aqui hoje. Isto é um sintoma de que devemos abrir os olhos para o que está acontecendo em nossa cidade. Todos somos responsáveis por promover a paz”.

O Empresário Mano Resk, que participou da organização disse que a grande participação popular foi uma resposta. “Como foi um movimento que nasceu da sociedade a resposta está aí. 8 mil pessoas que vieram pedir por paz em Tangará da Serra e mais segurança. Agora é esperar que nossos governantes atendam nossa reivindicação. Importante que tivemos população de todos os níveis sociais: empresários, trabalhadores, todos hipotecando apoio à luta”.

O Prefeito José Pereira Filho também participou da caminhada. “Não como prefeito, mas como cidadão, como pai de família, tinha obrigação de estar aqui. E como prefeito, na condição de representante do nosso município também. Nossa esperança é que a mobilização na envergadura que teve possa mobilizar agentes do Governo para entenderem nossa situação, entenderem que Tangará cresceu e que políticas públicas, no caso da segurança, tem que acompanhar esse crescimento. O efetivo é pequeno e os serviços de inteligência também têm que ser reforçados. Essa presença maciça é o sentimento de insegurança e revolta que está sendo colocado”.

O Frei Elizeu, Pároco da Igreja Católica voltou a defender a vida e a paz: “Foram algumas ocorrências que foram registradas e causaram uma comoção social e de imediato toda esta mobilização. Milhares de pessoas fazendo um ato de repúdio e contestação a uma realidade de violência e esta iniciativa de buscar mais segurança. É o que defendemos: a vida e a paz”.

Pastor e Padre falaram aos presentes no ponto de chegada da passeata em frente à antiga prefeitura no centro da cidade, onde os manifestantes rezaram juntos pela pacificação de Tangará da Serra. Ao longo da caminhada houve outro momento de parada para oração em frente à Igreja Matriz e Praça da Bíblia.

O Coronel Gley Alves, comandante do Comando Regional VII da Polícia Militar esteve pessoalmente à frente de um grupo de aproximadamente 30 policiais que se fizeram presentes para garantir a segurança dos participantes do manifesto. “Tivemos uma manifestação positiva. Estivemos com nosso efetivo acompanhando para evitar que acontecesse algo. É uma manifestação legítima, necessária e estamos aqui para acompanhar um manifesto como este, muito pacífico, digno de elogio. É importante que a sociedade se organize desta forma”, disse.

Aline Gramarin, integrante da comissão organizadora avaliou como muito positivo o manifesto. “O objetivo é pedir mais segurança. Estamos aqui clamando por socorro diante de todos os acontecimentos. Nós precisamos de políticas de segurança pública, mais delegados e estrutura para a polícia atender esta cidade de 100 mil habitantes. Estamos em luto, mas eu estou feliz porque esta manifestação mostra que Tangará está unida. Atenderam nosso chamado”.

Fonte: Marlenna Maria com Heverton Luiz e Roberto Weber





Fonte: Rádio Pioneira

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