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Polícia
Domingo - 18 de Maio de 2014 às 12:19
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Quarenta e três pessoas ligadas ao Comando Vermelho de Mato Grosso foram indiciadas por vários crimes, como tráfico de drogas, associação para o tráfico, homicídios, latrocínio, formação de quadrilha e crime organizado. 

A facção foi desarticulada durante operação “Grená”, realizada pela Polícia Civil. O inquérito foi encaminhado na sexta-feira (16) para a Justiça, mas as investigações sobre outras ações criminosas continuam. Apontada como primeira facção originada no Estado, o CV-MT conta com mais de 400 membros atuando dentro e fora dos presídios de Mato Grosso. 

A organização teve início em 2013 e é liderada pelo latrocida Sandro da Silva Rabelo, “Sandro Louco”, Renato Sigarini, o “Vermelhão”, Miro Arcângelo Gonçalves de Jesus, o “Miro Louco” ou “Gentil”, e Renildo Silva Rios, conhecido por “Nego”, que autorizam e ordenam crimes como execuções, roubos e tráfico de drogas. Dez dias antes da operação ser deflagrada, 8 presos entendidos como importantes para o CV foram transferidos para a Penitenciária Federal de Mossoró (RN) e 10 para Penitenciária de Rondonópolis. Para fortalecer o CV-MT houve um acordo entre os presos para cessar os batismos no Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo a Polícia Civil, o Comando Vermelho local é vinculado à facção originária, no Rio de Janeiro, mas não deve obediência, como ocorre com o PCC. Durante as investigações, a Polícia Civil identificou conversas dos líderes que resultaram no assassinato de 2 presos do Centro de Ressocialização de Cuiabá. As vítimas foram condenadas à morte por terem traídos os “irmãos”, crime considerado imperdoável pelas regras do CV. Rafael Ramos de Oliveira, “Rafinha”, foi morto em 9 de setembro de 2013 e Alesson Alex de Souza, no dia 30 do mesmo mês. O primeiro foi acusado de enganar um amigo de Miro em uma negociação de drogas. Alesson foi julgado e condenado por ter obrigado a esposa de um outro preso a levar drogas para ele e ainda transar com a mulher. 

Os dois foram obrigados a ingerir uma mistura de drogas, chamada de “gatorade”, que provoca overdose. A morte do segurança Aziz Sebastião Pedroso, 45, executado dentro do Supermercado Moriá em novembro do ano passado, em Várzea Grande, também teve relação com o CV, mas o homem foi morto por engano. Os assaltantes achavam que ele era PM. Embora estivessem errados, Sandro Louco “perdoou” os envolvidos, uma vez que matar policiais é permitido pela facção. 





Fonte: Gazeta Digital

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