Anfavea pede definição rápida sobre estímulo às vendas
As montadoras de veículos pediram agilidade ao Ministério da Fazenda nesta terça-feira na definição das medidas de incentivo às vendas internas para conter a queda na produção de automóveis no País. "Pedi rapidez", disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan, a jornalistas nesta terça-feira ao deixar a sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, após mais uma rodada de conversas com membros do governo.
Segundo Moan, a Fazenda terá que negociar com os bancos para verificar as formas de conter restrições ao financiamento de veículos. O governo tem em mão dados que mostram que de cada 100 pedidos de financiamento de veículos, 47 pedidos são recusados por restrições cadastrais e por análises relacionadas à capacidade de pagamento dos tomadores.
De janeiro a abril, as vendas de veículos novos no Brasil caíram 5%, enquanto a produção tombou 12%. De acordo com uma fonte do governo, entre as medidas em avaliação consta a formação de um fundo garantidor destinado a dar mais segurança às instituições financeiras na oferta de crédito automotivo. O fundo seria formado a partir da cobrança de uma taxa ao tomador do crédito, mas num formato ainda em negociação com os bancos.
Com produção e vendas de veículos em queda e aumento de estoques nos pátios das montadoras, o presidente da Anfavea foi questionado por jornalistas sobre se os fabricantes de automóveis vão pedir ao governo a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para além de julho. "O IPI volta em 1º de julho", disse Moan.
"Estou trabalhando com prioridades", acrescento ele ao dizer que no momento as negociações das montadoras com o governo tratam das medidas de estímulo às vendas internas e às exportações de veículos para a Argentina. No fim do ano passado, o governo estendeu o prazo de vigência das alíquotas reduzidas do IPI de automóveis, pondo em curso uma recomposição gradual do imposto até julho.
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