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Agronegócios
Sexta - 09 de Maio de 2014 às 16:07
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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A suspeita de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecida como “mal da vaca louca”, em rebanho na região Sudoeste de Mato Grosso, refletiu na exportação do Estado.

Conforme matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo, o Peru embargou, por um período de 180 dias, a carne bovina mato-grossense devido à doença.

Segundo publicação, se o mal for confirmado, será o segundo caso “atípico”, ou seja, quando não apresenta risco de transmissão da doença, neste ano, no país.

Ainda que considerado um importador “insignificante” na reportagem, o Peru é o primeiro país a embargar o produto e o efeito pode trazer reflexos à economia do Estado.

Levantamento da Folha aponta, por exemplo, que o país importou 1.562 toneladas de carne em 2013, o que equivale a US$ 3 milhões, segundo dados da Associação dos Exportadores de Carne (Abiec).

Para a confirmação do caso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aguarda o resultado final dos exames realizados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Local

A suspeita do “mal da vaca louca” surgiu em um animal do município de Porto Esperidião (326 km a Oeste de Cuiabá), que teria apresentado os sintomas em um frigorífico JBS, em São José dos Quatro Marcos (a 315 km), no dia 19 de março.

A precariedade da região para a inspeção do rebanho é um dos problemas.

Um outro problema é que a região faz fronteira com a Bolívia, onde o gado é criado de forma livre e há abates clandestinos.

Na ocasião, o diretor de Relações Institucionais da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rogério Romanini, teria dito ao jornal que o controle dos agentes do Estado e do Ministério da Agricultura e Pecuária nas fazendas seria “eficiente”.

“Ele citou como exemplo a suspeita de vaca louca. Assim que os sintomas foram observados, quando a vaca esperava abate no frigorífico da JBS Friboi, os agentes interditaram a fazenda de onde saiu o animal e rastrearam o gado da vizinhança. Por cautela, segundo ele, outros 49 bovinos foram submetidos ao abate de emergência”, diz trecho de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

Na matéria da Folha de S. Paulo, a informação é de que a primeira vaca encontrada com a suspeita da doença tinha 12 anos, nasceu e foi criada na mesma fazenda, em sistema extensivo de produção a pasto e sal mineral, segundo o Mapa.

Para discutir o mal da vaca louca, representantes da Rússia chegaram ao Brasil nesta semana. O país é o principal destino da carne brasileira.

Confira a íntegra da reportagem da Folha ou clique AQUI:

Peru embarga carne do Brasil por suspeita de vaca louca atípica

FABÍOLA GOMES

O Peru impôs embargo temporário, de 180 dias, à carne bovina procedente do Brasil por causa da suspeita de um caso atípico de vaca louca em Mato Grosso, informou nesta quinta-feira o Ministério da Agricultura brasileiro.O Peru, um importador de volumes insignificantes de carne bovina brasileira, é o primeiro país a anunciar restrição ao produto do Brasil, o maior exportador global. O país importou 1.562 toneladas de carne bovina do Brasil no ano passado, o equivalente a US$ 3 milhões, segundo dados da Abiec (associação dos exportadores de carne).

As exportações brasileiras de carne bovina totalizaram US$ 4,56 bilhões no período.

Caso seja confirmado, será o segundo caso atípico –que não apresenta risco de transmissão da doença– no Brasil.

No final de 2012, houve tal ocorrência no Paraná, o que levou alguns países a decretarem restrições à carne brasileira, impactando as exportações em 2013, apesar de o caso ter sido classificado como "atípico".

Mais cedo, o presidente da Minerva Foods, Fernando Galletti, disse acreditar que eventuais restrições em 2014 fiquem limitadas ao Mato Grosso, principal Estado produtor de gado do Brasil. A companhia é a segunda exportadora de carne bovina do país, atrás da JBS.

O Brasil, que trabalha com a perspectiva de atingir exportações recordes em 2014, avalia que o animal de Mato Grosso apresentou evidências de ter um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), o nome técnico da doença de vaca louca.

O ministério aguarda para esta semana o resultado do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) ratificando o resultado de avaliações realizadas no Brasil.

No caso atípico, que ocorre de forma esporádica e espontânea, principalmente em animais mais velhos, não há relação com a ingestão pelos animais de ração contaminada.

A vaca morta em Mato Grosso tinha 12 anos –nasceu e foi criada na mesma fazenda, em sistema extensivo de produção a pasto e sal mineral, segundo o ministério.

No caso clássico, a doença é transmitida por ração contaminada com o príon, por ter sido elaborada com produtos obtidos de animais infectados.

De qualquer forma, a carne e outros produtos do animal de Mato Grosso não ingressaram na cadeia alimentar, e o material de risco específico foi incinerado, segundo o ministério.





Fonte: Mídia News

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